A decisão do STF nesta madrugada de quinta-feira gerou reações similares nos pré-candidatos associados de alguma forma ao antipetismo. João Amôedo, pré-candidato à Presidência da República pelo Novo — único partido que, oficialmente, convidou os brasileiros para as manifestações pela prisão de Lula –, disse que o STF deu ontem “um passo para termos um país onde todos são iguais perante a lei, sem impunidade”.
“O julgamento de ontem nos mostra como é importante participarmos e trabalharmos pelas mudanças que queremos. Nós podemos, sim, mudar o Brasil. Que esse espírito contagie os brasileiros neste ano tão importante”, escreveu em seu Twitter:
Flávio Rocha, empresário dono da Riachuelo que lançou o movimento Brasil 200 e é pré-candidato ao Planalto pelo PRB, comentou sobre o julgamento de ontem no STF: “Brasil 6 x 5 Lula. Nunca uma final de Copa do Mundo teve essa importância. Mais do que uma taça, estamos erguendo um país inteiro contra a impunidade e pela democracia. A nossa bandeira está no lugar mais alto. Em vez de hasteada em um pódio, está na alma de cada brasileiro”.
Rocha esteve nas manifestações no dia anterior, para pressionar o STF, e discursou: “Não vamos deixar que o assaltante maior, o chefe da quadrilha que dizimou nossa economia fique impune, nós vamos colocar o chefe da quadrilha na cadeia”. Vejam um trecho de seu discurso:
Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL, gravou uma mensagem lembrando que apenas uma batalha foi vencida, mas não a guerra, pois o inimigo não está eliminado:
Álvaro Dias, pré-candidato do Podemos à Presidência da República, comemorou a decisão de ontem do STF sobre o HC de Lula: “A voz das ruas prevaleceu. Resultado apertado, mas o que importa é a vitória da Justiça sobre a impunidade. Temos que comemorar. O Brasil acordou mais feliz.”
Esses são os pré-candidatos associados de alguma forma ao antipetismo. Já Geraldo Alckmin, que está de olho no eleitorado petista, e que é tucano, ou seja, nunca parece conseguir ser firme o suficiente contra petistas, saiu pela tangente com declarações tímidas e vagas: “Decisão judicial não tem gosto. Decisão da Suprema Corte é soberana e ela precisa ser respeitada”; “Os problemas do Lula não são os problemas do Brasil nem do povo brasileiro. São dele, que deve se explicar às instituições competentes”.
Enquanto os pré-candidatos antipetistas comemoravam o avanço institucional e a decisão acertada da Justiça, lideranças petistas faziam ameaças ou promessas idiotas, como Suplicy alegando que acompanharia Lula à prisão e Lindbergh Farias convocando militância para formar um cordão de proteção ao chefe da quadrilha (percebe-se como essa gente respeita a democracia e o Estado de Direito):
E claro, não podemos esquecer das promessas (ameaças) antigas do fanfarrão Ciro Gomes, que dizia que formaria um grupo para “sequestrar” Lula e entrega-lo numa embaixada companheira, se tentassem prende-lo:
No cenário político atual, vai ficando mais claro quem se posiciona com firmeza contra o PT e a favor do Brasil, quem fica em cima do muro (eternamente) por nutrir, no fundo, simpatia pelos petistas, e quem escancara o apoio ao bandido condenado, fazendo inclusive ameaças às autoridades responsáveis por fazer cumprir a lei. Veremos a resposta do povo nas urnas…
Rodrigo Constantino