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Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

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Durante a entrevista de Bolsonaro na Globo News, foi estranha a leitura que a Miriam Leitão fez da nota declaratória expedida pela Globo sobre o “gópi de 64”, em que recrimina tardiamente o apoio dado aos militares pelo fundador da casa, Roberto Marinho.

A nota não era uma declaração de arrependimento, porque quem nada fez não pode se arrepender e quem estava se expressando ali não era o Roberto Marinho que, se antes de morrer nunca externou arrependimento, não teria como fazê-lo depois de morto.

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Chega a ser ridículo um grupo empresarial declarar arrependimento quando se sabe que sua pujança e seu poder como órgão de imprensa devem-se exatamente àquele apoio. É muito fácil se dizer arrependido e continuar desfrutando de tudo aquilo que obteve a partir e por conta do ato que estaria levando ao alegado arrependimento.

Agora, bizarro mesmo foi a forma improvisada que a Miriam Leitão usou para transmitir tal declaração. Não sei se estavam assoprando no seu ouvido pelo ponto eletrônico ou se colocaram a Dilma Rousseff para operar o teleprompter.

O que eu sei é que a Globo após Roberto Marinho, Walter Clark, Boni, Armando Nogueira e Alice Maria se transformou numa caricatura emburrada de si mesmo. Aquela rede de televisão sabia entregar ao telespectador brasileiro material de boa qualidade.

Até os esquerdistas que ali trabalhavam tinham pelo menos a honradez de apresentar seus talentos antes de suas crenças nessa ideologia fracassada que é o marxismo, que hoje produz gente brega e desesperada.

O jornalismo no Brasil, como as artes e a política, definhou intelectual e espiritualmente, e as peças raras em atividade que ainda preservam qualidade, honestidade e integridade são ilhas cercadas de mediocridade por todos os lados.

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