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Sou um economista. Mais: um economista liberal. Mais ainda: um economista liberal que trabalhou por anos no mercado financeiro. Mas isso não me impede de criticar um erro muito comum que vejo em economistas liberais, especialmente ligados ao mercado financeiro: o economicismo, aquele foco excessivo na economia, como se nada mais importasse. “É a economia, estúpido!”, resumiu o assessor do esquerdista Bill Clinton. Tal é a visão materialista e marxista de mundo de muito “liberal”.

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Com esse mapa de fundo, essa turma acha que a pauta mais importante para 2018 são as reformas econômicas, o que cada candidato pensa sobre o Banco Central, sobre o comércio internacional, sobre as privatizações. Atenção: não nego a extrema relevância de cada um desses itens. Vimos como a visão equivocada da economia pode destruir um país. Vimos isso com o PT, vimos com a Venezuela, com todos os experimentos socialistas, nacional-desenvolvimentistas, dirigistas, intervencionistas.

Mas há um detalhe: o Brasil vive uma guerra civil “velada”, com mais de 60 mil homicídios por ano e milhões de assaltos violentos. Virou terra sem lei, dominada pelo crime. Uma selva! Um país africano fracassado. Diante dessa situação, é atestado de bolha achar que a pauta econômica está acima da questão da segurança. É típico da banca elitista achar que alguém como Luciano Huck ou Henrique Meirelles vai tocar fundo à alma do brasileiro médio, cansado demais, indignado, assustado, revoltado. Vejam essa notícia:

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O Brasil já entrou em colapso. Eis o que precisa ficar claro para todos. Quem vive na bolha, com carros blindados, helicópteros, condomínios cercados com muitos seguranças, consegue escapar parcialmente do caos (mas inevitavelmente a bolha estoura). Já o povão convive com isso diariamente, e está saturado, não aguenta mais. Só quer uma coisa: sobreviver!

Quem não compreender isso não vai entender o resultado das urnas em 2018. Pode colocar o bacana global, amigo de todos, ou o banqueiro internacional reformista: vão perder, mesmo com toda a grana por trás. Assim como vai perder aquele que posar de centro, acima da luta entre “esquerda e direita”, fazendo concessões demais aos socialistas, por covardia, por afinidade ideológica.

O povo quer alguém mais linha dura, que demonstre ter o sincero desejo de dar um basta a essa situação calamitosa, que tenha o anseio de combater para valer os marginais e os socialistas, seus cúmplices intelectuais. A independência do Banco Central e a privatização da Petrobras são bandeiras importantes e necessárias, mas secundárias perto da mais urgente reforma de que o Brasil precisa: resgatar A LEI E A ORDEM!

Rodrigo Constantino

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