O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteado nesta quinta-feira o novo relator da Lava-Jato. Ele ficará no comando das investigações dos 40 inquéritos e das três ações penais abertas hoje no tribunal. Essa tarefa era de Teori Zavascki, morto em um acidente de avião no último dia 19 de janeiro. O nome de Fachin era o preferido de integrantes do Ministério Público para assumir a relatoria.
Também caberá ao novo relator abrir os novos inquéritos que surgirão a partir da delação dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. A abertura dessas investigações deverá ser pedida em breve pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O sorteio foi feito de forma eletrônica, no sistema do STF, entre os integrantes da Segunda Turma, responsável pelo julgamento dos processos.
Algumas pessoas têm demonstrado desconfiança com esse sorteio, mas lembro de que as alternativas não eram muito melhores. Se caísse em Toffoli alguém ia dormir tranquilo? E em Lewandowski? Pois é. O que podemos ver é como o Senado dormiu no ponto – talvez com muito$ motivo$, quando tinha que exercer seu papel de sabatina para aprovar ou não essas indicações do PT.
Quem é Fachin? Para quem não lembra – e a memória do brasileiro costuma ser curta mesmo – ele é um grande companheiro do MST e do PT, subiu até em palanque para fazer campanha para Dilma. Foi alvo de vários textos no meu blog, desde quando foi indicado, pois fiz campanha contra sua aprovação. Quando tentou suavizar sua imagem, dizendo-se até um liberal, entrei em campo novamente para colocar os pingos nos is, e mostrar que comunas são comunas, jamais liberais.
Mas, justiça seja feita, o fato é que Fachin, até aqui, não tem se mostrado um ministro totalmente vermelho no STF. Como Lucas Berlanza argumenta nesse texto, tivemos de morder a língua ao menos numa ocasião. Leandro Ruschel também reconheceu isso e lhe deu o benefício da dúvida: “Fachin é novo relator da Lava Jato no STF. Apesar de ser um velho amigo do MST, tem se comportado bem na Corte. Veremos…”
Veremos e, enquanto isso, oremos! Nessas horas deixo qualquer agnosticismo de lado e parto para a reza mesmo, pois confesso não ter condições de colocar a cabeça no travesseiro com tranquilidade sabendo quem é o novo relator. Se Fachin está moderado até aqui, o fato continua: seu histórico é o pior possível. Como recordar é viver, eis aqui dois vídeos que mostram o grau de radicalismo do ministro:
Fachin elogiando comunistas:
Fachin pedindo votos para Dilma e elogiando o PT:
O leitor consegue confiar num sujeito desses? Uma leitora minha resumiu a situação com perfeição: “Com Toffoli ou Lewandowski a Lava Jato estaria enterrada. Com Fachin, respira por aparelhos. Resta aguardar”. Aguardemos, então. Orando. E prontos para protestar…
Rodrigo Constantino
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