Após o governador de São Paulo Geraldo Alckmin demitir 42 funcionários do Metrô, em greve considerada ilegal pela Justiça, o meio de transporte voltou a funcionar normalmente. Mas o sindicato da categoria ameaça retomar a paralisação se o governo não anular as demissões. Espero que não anule.
Um dos grandes males nacionais é justamente o poder das máfias sindicais, que se julgam acima das leis. A greve dos metroviários tinha clara conotação política, como de praxe em São Paulo, estado que os tucanos governam há décadas e que o PT atormenta com seus braços populistas pelo mesmo período, apenas de olho no poder.
As demissões ocorreram por justa causa, com respaldo legal, e devem ser, portanto, mantidas. Já passa da hora de governantes enfrentaram com coragem esses sindicatos que abusam do poder. O trânsito paulista, que já é normalmente caótico, ficou inviável nesses dias. A população pagou um alto preço. Os trabalhadores foram os maiores prejudicados. O governo não deve recuar agora.
Sindicatos que usam o artifício de levar o caos à população para obter vantagens não são exclusividade nossa. A Inglaterra viveu isso de forma terrorista até nos anos que antecederam o governo de Thatcher. Mas a “dama de ferro” teve coragem de enfrentar essas máfias, que reagiram com violência. Após a batalha, venceu a estadista, venceu o povo inglês.
O mesmo com Ronald Reagan nos Estados Unidos. Munido da informação de que havia um grande plano de greve dos controladores de voo, Reagan preparou na surdina substitutos, e quando a greve de fato aconteceu, vários foram demitidos e substituídos pelos novos trabalhadores. A espinha dorsal dos sindicatos mafiosos fora quebrada.
O Brasil precisa fazer o mesmo de uma vez por todas! Não se aceita chantagem de mafiosos ou oportunistas, que usam o caos urbano em época de Copa para obter vantagens à custa dos outros. Eduardo Paes, prefeito do Rio, recuou após demitir alguns garis grevistas, acenando inclusive com aumento de salário. Grande erro, que abre precedente perigoso. A lição é clara: basta chorar muito, fazer barulho e produzir o caos, transtornando a vida dos outros com greves ilegais, que o governo sempre irá ceder.
É hora de dar um basta! Que Alckmin se mostre um estadista e não recue. Se o sindicato insistir na greve, que mais funcionários sejam demitidos com o respaldo da lei. Somente assim vão aprender a respeitar os outros e as regras. Resista, Alckmin!
Rodrigo Constantino
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