O imã acusado de planejar os ataques terroristas de Barcelona deveria ter sido deportado no final de sua pena de prisão por tráfico de drogas, mas derrubou a decisão argumentando que isso violaria seus direitos humanos, diz o The Telegraph.
O pregador islâmico Abdelbaki Es Satty foi informado de que deveria cumprir uma ordem de expulsão quando deixou a prisão em abril de 2014, de acordo com o jornal espanhol El Mundo. Mas o marroquino de 42 anos ganhou um apelo contra a decisão depois de discutir seu caso na frente de um juiz.
Após sua vitória na corte, o imã buscou asilo através de advogados em um pedido feito em 29 de novembro de 2014, de acordo com El Mundo. A decisão significou que ele poderia circular livremente entre 26 países da União Europeia.
Es Satty foi preso por quatro anos em 2010 por ter traficado haxixe entre Marrocos e Espanha e, na prisão, ficou perto de um dos cabeças dos atentados de Madri. Pensa-se que ele pode ter se radicalizado enquanto estava na prisão e depois de sair se tornou um imã em uma mesquita na cidade de Ripoll, de onde os ataques da semana passada foram planejados.
Es Satty, que a polícia confirmou ter morrido em uma explosão em uma fábrica de bombas na cidade catalã de Alcanar, é o suspeito de ter feito lavagem cerebral nos terroristas.
As autoridades espanholas não responderam às alegações de que Es Satty deveria ter sido retirado da Espanha. De acordo com as leis espanholas de imigração, os estrangeiros que recebem sentenças de prisão de mais de um ano muitas vezes enfrentam a ameaça de expulsão quando deixam a prisão.
Como fica claro, estamos diante do mesmo fenômeno das “sanctuary cities” americanas, defendidas pelos democratas “progressistas” e condenadas pelos republicanos conservadores. As leis acabam protegendo marginais e terroristas estrangeiros, tudo em nome dos “direitos humanos”. Era a isso que Trump se referia quando alegava que os pagadores de impostos americanos estavam sendo obrigados a sustentar estupradores e traficantes mexicanos. Xenofobia? Preconceito?
Como terroristas e bandidos não são bobos, vão sempre se aproveitar das molezinhas oferecidas pelos “liberais” ocidentais. Naturalmente há uma região cinzenta mesmo, em que direitos civis devem ser garantidos, sem ameaçar a segurança nacional.
Alguém, porém, ainda tem alguma dúvida de que o pêndulo extrapolou demais para o lado dos “direitos humanos”, e que hoje os mais perversos inimigos da civilização têm utilizado esse pretexto para ameaçar ainda mais a mesma civilização?
Rodrigo Constantino
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