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Retórica na mídia de “acirramento de ânimos” e “polarização” é falsa como uma nota de três reais

Funciona assim: o PT em particular e a esquerda em geral sempre usaram a retórica messiânica, segregacionista e agressiva. Ou seja, lutam pela “justiça social”, vão criar “um mundo novo”, ou você está com eles ou contra eles, e nessa revolução maravilhosa o uso de violência pode ser justificável.

Aí eles quebram o país, abusam do cinismo, roubam como ninguém, aparelham a máquina estatal, e quando o grosso da população ordeira se dá conta do golpe e vai às ruas protestar, de forma pacífica, eles saem por aí alegando preocupação com o “clima de intolerância”, o “acirramento dos ânimos”, a busca por um “messias salvador” e a “polarização” no país. É tudo tão falso quanto uma nota de três reais. Gustavo Nogy resume bem a farsa:

Desde março de 2015, milhões de pessoas saem às ruas para protestar contra o governo. Não há depredações, não há minoria de vândalos, não há ninjas nem mídia respectiva. Os milhões de fascistas que saem às ruas não derrubam um picolé de criança, uma chupeta de neném. As poucas ocorrências registradas em protestos de tal magnitude fariam vergonha aos valentões do boteco aqui perto de casa. No entanto, parte significativa da imprensa, dos políticos e dos militantes de partidos governistas está preocupada com a divisão do país. Horrorizam-se com carnificinas, lutas de classes, vietnãs imaginários. Essa súbita preocupação com o recrudescimento do discurso antigovernista é só uma maneira muito conveniente de neutralizar as críticas, torna-las inócuas, domesticar os descontentes. Lula e o PT sempre levaram ao limite a retórica belicista, e continuam acirrando as diferenças em seus comícios permanentes. Mas agora, para os bem-pensantes, é perigoso criticar fortemente o petismo e seus herdeiros – no campo da retórica política, das ideias, das narrativas. Cinegrafistas à parte.

E Francisco Razzo também destaca uma diferença crucial entre os dois lados nessa história:

A diferença entre o coxinha e a esquerda mortadela-caviar é que o coxinha não defende, por amor incondicional mítico e espiritual, políticos criminosos. Não temos “políticos de estimação”. Essa é a diferença entre buscar ser representado por ideias e não por pessoas.

Não se deixe levar pela retórica canalha dos petistas. O Brasil não está dividido, mais intolerante, em clima de guerra generalizada. O Brasil está é mais atento aos golpistas que sempre quiseram guerra, violência, revolução, pilhagem. Os beligerantes são eles, os petralhas! Os que segregaram o país foram eles, os petralhas! Os intolerantes são eles, os petralhas! Os golpistas são eles, os petralhas! Os que estão dispostos a tocar o terror e ver o circo pegar fogo são eles, os petralhas!

Nós queremos apenas a Justiça, preservar a democracia, impedir o golpe comunista. Somos a imensa maioria. Eles são uma patota barulhenta, organizada, indecente, imoral, cúmplice de bandidos, uma máfia criminosa, uma quadrilha lutando por tetas estatais. Não se intimidem com os ataques, com as acusações de “fascistas” que os verdadeiros fascistas fazem. É hora de ficar nas ruas, de mostrar que esse país tem cidadãos, patriotas, e não vamos deixá-los nos transformar na Venezuela.

E se algum vagabundo desses tentar partir para a barbárie, como costumam fazer, aí sim, estamos em nosso total direito de legítima-defesa! Mas evitem cair na pilha dos bárbaros. Permaneçam, porém, com firmeza, pois a razão está do nosso lado.

Rodrigo Constantino

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