A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como o melhor destino de praia de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) da América Latina. Dividida em cinco categorias, a premiação acontece nesta quarta-feira, durante a 44ª ABAV, maior feira do Brasil voltada para o segmento de turismo, em São Paulo.
A eleição, também conhecido como Gnetwork360, foi realizada em agosto pela Câmara de Comércio Gay-Lésbica da Argentina, durante a 9ª Conferência Internacional de Negócios e Turismo LGBT, em Buenos Aires. Na ocasião foram ouvidos duzentos representantes e líderes da comunidade LGBT. A Cidade Maravilhosa recebeu 51% dos votos, seguida por Porto Vallarta e Cancún, ambas no México.
— Ficamos muito felizes toda vez que a cidade recebe um prêmio cuja votação é feita pelo público, o que torna ainda mais genuíno o resultado. Melhor ainda quando esse público faz parte de um mercado importante para a cidade, que tanto movimenta a economia, gerando emprego e renda no segmento do turismo — disse o secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello.
O presidente-executivo do Rio Convention & Visitors Bureau, Alfredo Lopes, afirmou que a capital carioca tem um potencial muito grande para o turismo LGBT:
— Nossos visitantes se sentem em casa porque o Rio de Janeiro é uma cidade que recebe a todos de braços abertos, respeitando tendências e opções. O público LGBT representa um mercado excepcional, que valoriza toda a estrutura do turismo, desde as belezas naturais, passando pela gastronomia, cultura, arte e noite. É um reconhecimento muito positivo receber esse prêmio.
Alguns mais conservadores podem lamentar essa notícia, alegando que estão confundindo “tolerância” com libertinagem, talvez a marca registrada do Rio. Mas creio que os movimentos LGBT também não deveriam celebrar muito essa conquista. Afinal, como fica a narrativa de vitimismo agora? Como coadunar essa informação com a de que há muita “homofobia” na cidade, no estado, no país?
Um local tão “homofóbico” assim seria um lugar tão acolhedor para a turma gay, a ponto de ser escolhido o melhor do continente? O que esse título demonstra é que os movimentos LGBT precisam do vitimismo, mas que ele não faz o menor sentido na prática. Nossas praias são as melhores do ponto de vista dos próprios gays. Nelas eles se sentem em casa, seguros, tranquilos. Ao menos como gays. Que bom!
Porque no fundo ninguém está muito seguro em nossas praias, em nossas ruas, mas não por ser gay, e sim pela violência generalizada mesmo. O problema do Rio não é a tal “homofobia”, mas a insegurança geral. Portanto, pergunto: como Jean Wyllys vai fazer seu típico mimimi depois dessa? Pobrezinho…
Rodrigo Constantino