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Já são nove os policiais militares assassinados no Rio em 2017, e o ano mal começou. Uma média de quase um por dia! O estado vive uma guerra civil velada, e a profissão de PM é quase suicida. Uma simples operação de rotina pode terminar muito mal, já que os territórios são dominados pelos bandidos, apesar da farsa das UPPs. Como ocorreu com Sandro:

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O policial militar Sandro Mendes Lyra, de 36 anos, foi morto na madrugada desta quinta-feira com um tiro na cabeça na Favela do Mandela, no complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. A vítima, que estava na corporação desde março de 2012 e era lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Mandela, é o sétimo PM morto nesses 12 dias de 2017.

Lyra e outro policial faziam patrulhamento na região, quando abordaram dois homens que estavam numa motocicleta, por volta de 2h30m, na localidade conhecida como Igrejinha. Um deles disparou, e a bala perfurou o para-brisa do veículo da PM atingindo o soldado. O policial chegou a ser levado para o Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, mas não resistiu aos ferimentos.

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Eis aí o cotidiano de milhares de policiais, que enfrentam riscos enormes e ganham salários muito baixos para tanto. E ainda precisam, depois, ver os “intelectuais” e artistas engajados cuspindo na instituição, chamando todo policial de “fascista”, enquanto defendem os marginais como se fossem “vítimas da sociedade”. Não é mole!

O massacre nos presídios despertou a revolta do mundo todo, a ponto de a OAB se manifestar, até a ONU pedir investigações, e o Papa Francisco dar seu pitaco. Tudo bem: não podemos banalizar o que aconteceu, até porque pregamos uma civilização, que deve tratar com dignidade até mesmo os bandidos. Escrevi vários textos sobre isso.

Mas o disparate entre a indignação gerada pela morte desses marginais e aquela causada pelo constante assassinato de policiais é o mais revoltante de tudo. Parece que as vidas dos bandidos valem mais do que a de quem está lá para nos proteger desses bandidos. Vejam o que acontece quando um jornal “progressista” como O GLOBO tenta “defender” os policiais:

Sai essa “defesa” tímida aí de cima, que pede, atenção!, equivalência nas demonstrações firmes de repúdio, a mesma intensidade que a sociedade coloca quando o criminoso é um agente público. “Afinal”, diz o editorial, “nem tudo é banda podre nas polícias”. Ufa! É mesmo? Então quer dizer que até podemos chorar pela morte de um policial, como choramos pela morte de estupradores, traficantes e assassinos, as tais “vítimas da sociedade”?

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É muita inversão! A vida de um policial vale bem mais do que a vida de um marginal. Isso deve ficar claro. É por posturas como esta que tantos brasileiros, cansados demais, aplaudem o massacre nos presídios, ou clamam pelo linchamento de marginais fazendo arrastões em ônibus em Copacabana. Estão errados, em minha opinião, pois não é esse o caminho. Mas é compreensível quando vemos nosso maior jornal agindo assim.

Repito, portanto: a morte de um policial deveria incomodar bem mais do que a morte de um marginal. Um policial assassinado por traficantes no morro tinha que mobilizar uma reação muito maior do que dez bandidos mortos por outros bandidos. A vida de quem está lá para nos defender precisa ter mais valor. Aqui nos Estados Unidos o policial goza de respeito, apesar das campanhas da esquerda e de movimentos racistas como o Black Lives Matter.

Dizer que os policiais decentes merecem “no mínimo, gratidão”, e ainda achar que, assim, fez muito pela justiça, é mesmo prova de como nossos valores estão deturpados e invertidos. Os policiais sérios, maioria, precisam de muito mais respeito. É só valorizando a instituição, em vez de cuspir nela e chamá-la de “fascista”, que teremos chances de enfrentar o crime com mais eficiência.

Mas nossos “intelectuais”, artistas e “jornalistas” gostam mesmo é de atacar policiais e valorizar bandidos. O Brasil tem jeito?

Rodrigo Constantino

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