O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta quarta-feira que “não é exagero” dobrar o Fundo Eleitoral e fazer o seu valor chegar a até R$ 3,7 bilhões para financiar as campanhas municipais de 2020. A previsão de aumento está no parecer do deputado Cacá Leão, relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020. O acréscimo de R$ 2 bilhões ao valor atual do fundo teria como origem recursos públicos do Orçamento da União.
“Não acho que é exagero. Acho que uma eleição municipal, com 5 mil municípios com milhares de candidatos a vereador, é uma campanha que vai requerer um custo um pouco maior que a eleição do regime geral”, disse Maia a jornalistas.
“Olha, está se gastando o mínimo possível em relação ao que se gastava. O pior é a gente não ter uma eleição que seja transparente e dê condições para que os partidos possam levar os seus candidatos aos eleitores. A democracia não pode tratar de uma forma menor a importância da campanha”, completou Maia.
Quando Maia acerta, como na condução da reforma previdenciária, merece elogios, mas quando erra merece puxão de orelha. Não é exagero uma ova! Isso é estatização total dos partidos e da eleição, sem qualquer consulta a quem paga a conta, os donos do dinheiro, ou seja, o povo.
Justiça seja feita, Maia observou que o financiamento privado deveria voltar, com a imposição de restrições. A decisão do STF que criou essa situação absurda para começo de conversa.
Modesto Carvalhosa rebateu nas redes sociais com dureza: “Os ilustres parlamentares decidiram dobrar o Fundo da Vergonha Nacional. A proposta prevê até R$ 3,7 BI, como se R$ 1,7 BI já não fosse suficientemente imoral. Não vamos permitir esse abuso da Central Única da Corrupção. Brasília tem de respeitar o novo Brasil que está surgindo”.
De fato, esse aumento é um escárnio em momento de crise e cortes de gastos, com 13 milhões de desempregados. João Amoedo mostrou o caminho alternativo: “Caso o aumento do Fundo Eleitoral seja aprovado, o Partido Novo receberá aproximadamente R$50 milhões para as eleições de 2020. Não usaremos um centavo. Assim como não utilizamos o Fundo Partidário. Dinheiro público deve ir pra educação, segurança e saúde, e não para campanhas”. Aplausos para o Novo! Vaias para Maia!
Rodrigo Constantino
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