O mundo viu atônito as cenas chocantes de uma horda fascista impedindo um gay de palestrar numa universidade, que recebe verbas federais ainda por cima. É verdade que a coisa não foi tratada exatamente desta maneira, para não gerar tanta revolta. Afinal, a horda de fascistas era de esquerda e condena Trump, logo, virou apenas “um grupo de estudantes indignados”. E o gay em questão, Milo Yiannopoulos, é um libertário defensor de Trump e dos valores ocidentais, logo, virou um “ultraconservador de extrema direita”. O humanismo da esquerda sempre foi bem seletivo.
Mas o fato continua: em Berkeley, Califórnia, bárbaros que tentam levar sempre no grito e na intimidação conseguiram expulsar um palestrante do local, impedindo a liberdade de expressão e rasgando a Primeira Emenda constitucional, sob a cumplicidade de boa parte da imprensa pelo motivo exposto acima. Os danos foram de $100 mil, os mascarados jogaram coquetéis Molotov, mas não foram presos.
O presidente legitimamente eleito Donald Trump ameaçou, em seu Twitter, cortar os fundos federais da universidade, caso ela não defenda a liberdade de expressão. A reação da mesma imprensa foi de profundo choque: como assim, o presidente ousa ameaçar uma universidade? Ninguém ligou para a ameaça ao palestrante gay, claro, mas cortar verba é um crime inaceitável, mesmo que a universidade seja incapaz de preservar o mais básico direito de cada um se expressar livremente.
Pois bem: não foi a primeira vez que algo dessa natureza aconteceu. Há mais de 40 anos, “manifestantes” violentos também tocaram o terror na UC Berkeley, símbolo da liberdade de expressão. O motivo do “protesto” era uma decisão de transformar um lote vago no campus em estacionamento. Nessa época, qualquer coisa era pretexto para soltar o caos anárquico em nome da “liberdade”.
Na manhã do dia 15 de maio de 1969, a universidade tinha uma equipe trabalhando na construção de uma cerca, sob a segurança de 250 policiais. Horas depois, uns 3 mil “estudantes” começaram os “protestos”. O dia ficou conhecido como “quinta-feira sangrenta”. Treze pessoas foram hospitalizadas com ferimentos à bala, e um policial foi esfaqueado. James Rector, que estava acompanhando tudo do telhado, foi baleado e morreu 4 dias depois.
E como Ronald Reagan, que foi governador da Califórnia de 1967 a 1975, reagiu a isso? De acordo com a “Resource”, de Berkeley, Reagan reagiu com dureza. Ele declarou estado de emergência e enviou 2.200 policiais da Guarda Nacional para “usar os métodos necessários” para restabelecer a ordem. Nos dias seguintes, cerca de mil pessoas foram presas. Quando Reagan foi questionado pela imprensa sobre sua reação e do porquê não negociar, ele respondeu: “O que há para negociar?”
Lei se cumpre. Reagan aproveitou para espetar a esquerda “progressista”, afirmando que tudo isso começou quando permitiram que jovens pensassem que podem tudo, que possuem o direito de escolher quais leis obedecer e quais ignorar, desde que fizessem isso em nome de algum protesto social. Vejam a clareza, a objetividade moral do governador que se tornaria depois o melhor presidente americano da era moderna:
Agora avancem 40 anos no tempo e vejam a histeria por conta de um simples tuíte do presidente Trump ameaçando cortar verbas, enquanto o governador da Califórnia e a universidade em si nada fazem para impedir de fato os marginais e garantir a liberdade de expressão de um indivíduo. O mundo avermelhou, ficou mais “progressista”, e os jovens continuaram aprendendo com seus professores e “intelectuais” que podem tudo, até praticar atos terroristas, desde que em nome de uma “boa causa”.
Que falta faz Reagan! Mas quem sabe Trump não seja capaz de ignorar completamente a esquerda, a mídia, o politicamente correto, e fazer aquilo que deve ser feito contra marginais? Reagan também era retratado como imbecil, maluco e perigoso pelo establishment, pela intelligentsia, pela imprensa. E saiu como o melhor presidente de todos, aquele que derrotou a União Soviética e colocou abaixo o Muro de Berlim, tornando o mundo um lugar mais seguro e próspero. Ignorar os “intelectuais” é sinal de bom senso!
Rodrigo Constantino
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