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Por João Luiz Mauad, publicado pelo Instituto Liberal

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Em tempos de polarização política, tenho alguns amigos liberais e conservadores com problemas de relacionamento com filhos adolescentes que, influenciados por professores e colegas, andam enamorados pelas ideias socialistas.

Em casos assim, acho que o confronto e o castigo pouco adiantam. Boas conversas talvez tragam resultados bem melhores. E, nessas conversas, talvez mais importante do que argumentos econômicos seria uma defesa moral do capitalismo.

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Eu começaria explicando que a funcionalidade do capitalismo está principalmente no fato de que ele é o sistema que melhor se adapta à natureza humana.

É aquele cujos incentivos à auto-realização, como tão bem explicou Adam Smith, acabam levando os indivíduos a promover o bem geral. A beleza moral do capitalismo (de livre mercado, evidentemente) está justamente no fato de que o ganho individual está intimamente ligado à satisfação das necessidades e gostos alheios.

O capitalismo, por mais estranho que isso possa soar, é o modelo que, mantendo a liberdade individual e, principalmente, defendendo o direito de propriedade e o respeito aos contratos voluntários, consegue transformar em realidade o sonho socialista: “de cada um, conforme a sua capacidade, para cada um conforme a sua necessidade”.

E consegue esse milagre pelo simples motivo de que as nossas capacidades são remuneradas pelas necessidades e gostos dos outros. Assim, quanto mais satisfação o indivíduo conseguir promover, para o maior número de pessoas, maior será a sua fortuna.

Em 2015, escrevi um artigo, a pedido de um leitor, em que tento resumir alguns argumentos para serem utilizados com filhos adolescentes encantados pelo socialismo. Quem tiver interesse, o link está aqui.