Após ler mais um excelente texto de Ana Paula Henkel (ou Ana Paula do Vôlei) em que sou mencionado como fonte de conhecimento e inspiração, ao lado de gente que admiro muito, leio um desabafo do MBL em que também sou citado como um dos corajosos que não sucumbiram às pressões para embarcar no “Fora Temer” ao lado de petistas e psolistas. Segue o texto da garotada, que está circulando pelas redes sociais:
Agora que o golpe de estado perpetrado por Joesley, validado por Janot e amplamente divulgado pelas organizações Globo mostrou-se um gigantesco fiasco, cumpre ao MBL lembrar a seus amigos e seguidores o quão custoso foi manter uma postura serena e prudente durante os meses de insanidade que se iniciaram a partir do 17 de Maio.
Muitos foram os que apontaram o dedo para nós dizendo que havíamos nos “vendido” para Temer, que tínhamos “bandidos de estimação”; passamos a ser alvo dos moralistas de ocasião e dos oportunistas que escondem seu projeto político por trás de um véu de combate à corrupção.
Alertamos sobre a inconsistência da tramoia e apontamos seu objetivo: criar uma nova alternativa à esquerda mediante o combate ao novo “inimigo número um do Brasil”, o impopular presidente Michel Temer. As capas da Época, das organizações Globo, demonstram isso: esquece-se Lula e coloca-se Temer – um mero subalterno no projeto de poder do petismo – como “cabeça” da quadrilha que tomou de assalto o país. Trataram os brasileiros como otários.
Paralelamente, saía do longo silêncio a Rede de Marina Silva, através de seus parlamentares que batiam cartão no Jornal Nacional: Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues. Grupelhos bancados pelo empresariado de esquerda obtinham espaço cativo na grande imprensa; seus nomes eram validados por procuradores da Lava Jato que afirmavam categoricamente a legitimidade da delação de Joesley e do trabalho de Janot.
Conforme visto, todos falharam. Não será fácil para Marina, Barbosa e seus amigos globais criarem uma alternativa política manipulando a mente dos brasileiros. Joesley precisa ser preso. Todos os envolvidos precisam ser investigados. E os agentes políticos do “lado de cá” que serviram à tramoia, bem como jornalistas sérios que se prestaram a esse papel ridículo – inclusive contra suas próprias convicções – devem refletir se de fato defendem uma “nova política”, como gosta-se de falar por aí, ou se são meros oportunistas de ocasião disfarçados de “bons rapazes”.
Saudamos, porém, quem teve coragem e hombridade neste momento de crise. Carlos Andreazza, Rodrigo Constantino , Reinaldo Azevedo, Ana Paula do Vôlei, Guilherme Fiuza, Paulo Eduardo Martins, Luciano Ayan, Jornalivre, Nas Ruas, Avança Brasil e tantos outros: obrigado por não se curvarem ao discurso fácil. Foi bom estar na trincheira da razão e do bom senso ao lado de todos vocês. Se o Brasil não cair nas mãos da nova esquerda no ano que vem, o será, muito, por causa de sua honestidade intelectual.
Movimento Brasil Livre
Esse tipo de reconhecimento é o que nos motiva a continuar nessa luta inglória por um Brasil melhor. Sigamos em frente que ainda há muito trabalho a ser feito!
Rodrigo Constantino