O Antagonista pinça trecho da entrevista de FHC no Estadão e conclui com otimismo:
Estado: No fim do ano passado, o senhor mantinha dúvidas em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mudou a percepção do senhor?
FHC: Mudou. Eu fui passo a passo. Cheguei a defender que ela tivesse um gesto de grandeza e renunciasse. Eu sempre procurei ter uma atitude serena em relação a esses processos políticos e especialmente em relação à presidente Dilma. Dificilmente você vai ver uma palavra agressiva minha em relação à presidente Dilma. Não apenas pela consideração institucional, mas também pessoal. Mas, com a incapacidade que se nota hoje de o governo funcionar, de ela resistir e fazer o governo funcionar, eu acho que agora o caminho é o impeachment. Se eu bem entendi o que as ruas gritaram, foi isso. As ruas gritaram (no dia 13) renúncia, fim, impeachment.
Estado: Mas o senhor sempre alertou que esse era um processo doloroso…
FHC: Continua sendo doloroso, mas os fatos se impõem. Tão doloroso quanto o impeachment é assistir ao desfalecimento da economia e da sociedade.
Fernando Henrique Cardoso curou-se da surdez.
Será? Em primeiro lugar, FHC demorou e muito a perceber o que é melhor para o país. Em segundo lugar, ele ainda tem consideração pessoal por Dilma. Por quê? Qual o motivo? Explica por que ela merece tal consideração, o que em sua biografia é louvável. Adoraria saber. Assaltos? Guerrilhas? Comunismo? Ou vai dizer que “ela lutou pela democracia”, como repetem os néscios esquerdistas?
Em terceiro lugar, FHC ainda não está bem certo sobre o que as ruas clamaram. É um caso espantoso de problema de audição. Ele não sabe se entendeu bem ainda, talvez porque tucanos tenham sido vaiados também, apesar de o foco todo ter sido contra o PT, Dilma e Lula.
Por fim, ele considera o impeachment “tão doloroso quanto” o desfalecimento da economia e da sociedade. Sério? Está certo que precisamos dar um desconto pela postura de diplomata do ex-presidente, que se acha um lorde britânico. Mas calma lá! O impeachment é o mínimo que se pede! Ele não é nada doloroso. Doloroso, na verdade mortal é manter essa anta no poder, essa quadrilha no estado.
Não adianta. Por mais que FHC tente, ele sempre será um eterno em cima do muro, um socialista fabiano que não consegue abandonar seu ranço esquerdista, sua simpatia por essa corja petista que adora demonizá-lo. É um caso psicológico sério. Não posso concordar, portanto, que esteja curado da surdez. Ainda é pusilânime demais com a máfia petista, e graças a essa postura estamos hoje dilapidados por essa gente, quando tivemos a chance de nos livrarmos deles em 2005, com o mensalão.
Fernando Henrique precisa comer muito arroz com feijão e falar grosso até merecer o nosso respeito…
Rodrigo Constantino
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