Por Júlio César Cardoso, publicado pelo Instituto Liberal
Segundo declaração infeliz do senador Paulo Paim (PT-RS), “Se Lula for preso vira o novo Nelson Mandela.”
Comparar Lula a Nelson Mandela é simplesmente padecer de pouca seriedade. Mandela teve a grandeza de lutar por seus ideais, por seu povo e morreu com dignidade pobre, mas sem manchar a sua história. Ao contrário, o falso patriota Lula almejou o poder para fazer fortuna na política através de negócios ilícitos, como a Lava-Jato revelou pelos depoimentos e provas da ODEBRECHT, OAS, PALOCCI etc.
Os exageros transcendem a racionalidade. Ninguém de sã consciência pode chegar à infeliz conclusão de Paulo Paim.
Que o contingente empedernido de petista, que se comporta como torcedor de time de futebol, chore igual a carpideiras contratadas, pela prisão de seu falso demiurgo, até se pode compreender as elucubrações de Paulo Paim. Mas o resto da sociedade, que é muito maior que os eleitores do PT, jamais se comoverão ao ver o maior vivaldino da nação, aquele que conseguiu enriquecer só vivendo de política, ser direcionado para a prisão, a bem da moralidade e da República.
Em um país sério, Lula já estaria preso e com os seus direitos políticos cassados. Não que Lula seja o único indecoroso político, pois, nesta esteira, estão Temer, Aécio, Sarney, Collor, Renan, Jucá, Lobão, Gleisi e muitos outros indignos políticos.
Por outro lado, não pode ter credibilidade e honradez republicana quem enriquece na política. Ou seja, aquele que faz fortuna na vida política é ladrão do Erário, é larápio dos descamisados, e, portanto, não se entende como ainda existem pessoas que acreditam na honorabilidade de Lula.
Condenado a nove anos e meio de prisão e caminhando célere para a segunda condenação, Lula debocha do Judiciário como se ele estivesse acima da lei. Debocha porque estamos em um país pouco sério, onde o STF é de indicação política.
É curioso que as delações premiadas, que já fizeram retornar os cofres públicos milhões de dólares, não foram tão contestadas como no caso do ex-presidente Lula.
Lula contesta tudo como se a sua vestal não estivesse desmascarada, inclusive por seus próprios amigos de confiança como Palocci. Ora, não houve complô para ferrar o falso demiurgo. Lula é uma consequência natural por seu modus vivendi ao tirar proveito da ribalta do poder.
Lula é o Robin Hood brasileiro ao avesso. Roubou dos pobres – pois saqueou o Erário através da ODEBRECHT, OAS etc., cujo dinheiro deixou de ir socorrer a miséria e os hospitais públicos – para engordar a sua fortuna e de seus filhos.
Se o país não tiver memória para lembrar que a administração petista quase levou o Brasil à bancarrota, em mais de 13 anos de governo, então, que se eleja novamente Lula e seus asseclas.
Senador Paim, não comprometa a sua história de político operoso. Defender Lula é como defender qualquer larápio da República. A diferença entre Lula e Fernandinho Beira-Mar só está no modus operandi de cada um, mas ambos são indecorosos.
Sobre o autor: Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado.
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