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Se não tem tu, vai tu mesmo. Ou: Agora somos todos Trump!

BIRCH RUN, MI - AUGUST 11: Republican presidential candidate Donald Trump speaks at a press conference before delivering the keynote address at the Genesee and Saginaw Republican Party Lincoln Day Event August 11, 2015 in Birch Run, Michigan. This is Trump's first campaign event since his Republican debate last week. (Photo by Bill Pugliano/Getty Images) (Foto: )

Ted Cruz, um dos candidatos com mais consistência conservadora na corrida presidencial, desistiu após a massacrante derrota em Indiana, o que coloca Donald Trump virtualmente como o candidato pelo Partido Republicano. Não é um quadro que desperte suspiros de emoção nos conservadores tradicionais, e basta ver como vários de renome lutaram contra sua indicação. Fizeram de tudo, mas o topete resistiu, firme e forte. Esse é o ano de um outsider, como resumiu Dr. Carson, ele mesmo uma das boas opções que morreu no caminho.

Unir o Partido Republicano: eis o grande desafio de Trump agora. Quando foi ficando claro que ele realmente tinha grandes chances de levar, sua retórica já foi suavizando um pouco. Muito de seu estilo é tática deliberada para chamar a atenção e atrair esse típico eleitorado cansado do establishment, da elite política tradicional. Trump é menos maluco e descontrolado do que aparenta, isso está claro. Mesmo assim, não será nada fácil ele unir os conservadores em torno de sua candidatura, pois se mostrou polêmico demais e populista demais para o gosto de muitos.

Seu grande aliado nessa batalha é Hillary Clinton. Política é a arte do possível. Trump está longe de ser o candidato ideal, ainda mais para quem tinha Ted Cruz, Marco Rubio, Ben Carson, Carly Fiorina e tantos outros com um preparo e um viés conservador mais sólido. O problema é que nenhum deles cativou os eleitores republicanos. Apenas Trump o fez, e em nível recorde, atraindo gente que não votava há tempos. Ou seja, Trump foi capaz de seduzir “carne nova”, e isso é fundamental em política. É o que restou aos que não aguentam mais o esquerdismo de Obama e do Partido Democrata.

Logo, sendo as únicas opções Trump ou Hillary (ao que tudo indica, pois ela tomou um calor em Indiana e perdeu do velho gagá comunista Bernie Sanders), todos aqueles saturados do politicamente correto, da marcha dos “oprimidos”, da geração mimimi que só enxerga “direitos” e nunca deveres, do antiamericanismo implícito na mensagem multiculturalista, de um governo inchado que cria dependência nos mais pobres, todos esses terão de tampar o nariz e apoiar Trump.

Esqueçam tudo que escutam sobre política americana na imprensa brasileira: só sai lixo! São todos esquerdistas, e por isso pintam os Republicanos como ultraconservadores neandertais machistas e homofóbicos, enquanto os Democratas são vistos como moderados, simpáticos e humanitários altruístas. Obama fez uma péssima gestão, interna e externa, enfraqueceu os Estados Unidos e fortaleceu seus inimigos, não foi capaz de entregar a recuperação econômica prometida e expandiu bastante os tentáculos do Leviatã, criando mais dependência do estado.

É hora de combater isso. O país – e o mundo – não aguentam mais quatro ou oito anos de esquerdismo. E Hillary é bem de esquerda, ao contrário do que nossa imprensa imagina (ela mesma encantada com “o primeiro negro” presidente e, agora, com “a primeira mulher” presidente – como se isso fosse algo desejável por si só, o que o Brasil definitivamente pode atestar que não). Hillary representa mais do mesmo, e o mesmo está indo na direção errada. Trump significa, ao menos, a possibilidade de mudança na direção certa: menos intervenção estatal, mais livre mercado, Estados Unidos falando grosso novamente para intimidar os inimigos da liberdade mundo afora.

Sim, Trump é um tanto imprevisível. Mas, como disse, não é o “maluco” que aparenta, e chegou onde chegou sabendo negociar, ceder, cercar-se de gente competente e trabalhadora. Trump é um empreendedor que já gerou muita riqueza e empregos, enquanto Obama e Hillary são funcionários públicos e políticos de carreira. De um lado, alguém que cria riqueza, pagando muitos impostos; do outro, alguém que só fala em como distribuí-la, consumindo impostos no processo. A escolha é clara.

Nossa imprensa vai detonar Trump, muitos colunistas (esquerdistas) vão chamá-lo de “fascista”, os mesmos que adoram Obama e seu desrespeito ao Congresso e à Constituição, os mesmos que nutrem simpatia até mesmo pelo comunista Sanders. Não caiam nessa. Trump não é o melhor nome que o Partido Republicano tinha, mas é o que restou. E é alguém que, até aqui, mostrou-se vencedor mesmo, conforme prometido. Ninguém achava que ele chegaria tão longe, com tantos recordes. Chegou, contra 16 oponentes de peso. Quem disse que não tem condições de derrotar Hillary Clinton?

Os esquerdistas estavam torcendo para ter Trump como adversário. Devem estar revendo sua estratégia. Se tem alguém que vai falar certas verdades para Hillary na campanha, essa pessoa é Trump. Sem papas na língua. Sem aceitar a pauta esquerdista imposta pela grande mídia. Sem se intimidar por ter uma mulher do outro lado, protegida pelo politicamente correto. Trump vai pra cima de Hillary, vai cobrar coerência, vai colocá-la contra a parede, vai expor sua hipocrisia. A esquerda não está acostumada a isso. E é exatamente o que precisa mudar na política.

Que venha Trump! Se não tem tu, vai tu mesmo. Agora que está definido o candidato contra o esquerdismo, só há uma escolha a fazer: apoiar Donald Trump. Seu principal trunfo não são suas qualidades, mas os defeitos de sua adversária. Pode até ser que ele faça um bom governo. Seria um “plus”. Mas sem dúvida Hillary faria um péssimo governo, e o mundo não aguenta mais isso. Chega de esquerdismo. Chega de multiculturalismo. Chega de “progressismo” politicamente correto. Chega de intervencionismo estatal. Chega de Obamacare. Chega de Planned Parenthood.

É hora de endurecer com os inimigos da liberdade e de aliviar para os empreendedores que criam riqueza. É hora de fazer a América grande novamente!

Rodrigo Constantino

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