A equipe da Secretaria de Política Econômica do governo Bolsonaro está pronta e tem um perfil eminentemente técnico e liberal. O time foi formado com base na meritocracia, o que fica evidente ao se analisar rapidamente o currículo de cada um dos secretários. Encabeçando a lista, temos Adolfo Sachsida, que vem do Ipea e é colunista do Instituto Liberal. Eis um breve resumo de cada um deles:
1) Secretário de Política Econômica – Adolfo Sachsida
Doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (2000)
Também é advogado com estudos na área de direito tributário.
Foi professor em diversas universidades brasileiras (Universidade Católica de Brasília, Universidade de Brasília, FGV (Brasília), e IBMEC (Brasília)) e, no exterior, foi professor de economia da Universidade do Texas nos Estados Unidos.
Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA.
Tem experiência na área de Macroeconomia, sendo autor de vários livros e artigos técnicos sobre política econômica, política monetária, política fiscal, avaliação de políticas públicas, e tributação.
É o autor de três livros: “Fatores Determinantes da Riqueza de uma Nação”; “A Crise de 2007-09: Uma Explicação Liberal”; e “Considerações Econômicas, Morais e Sociais Sobre a Tributação”. Além disso, foi organizador dos livros “Reforma Tributária no Brasil: Ideias e Propostas”, “Reforma Tributária IPEA e OAB-DF”, e “Avaliando mais de R$ 500 bilhões de Reais em Políticas Públicas”.
Por fim, é membro da Comissão de Assuntos Tributários e da Comissão de Educação, ambas da OAB-DF.
2) Subsecretário de Política Macroeconômica – Vladimir Kuhl Teles
Pós Doutorado em economia – Harvard University
Doutorado em economia – UnB
Professor da FGV na Escola de Economia de São Paulo há 14 anos, onde era vice-diretor há 4 anos.
Atua na área de política macroeconômica, tendo diversos artigos acadêmico publicados em periódicos de elevado impacto internacional. Foi professor visitante do departamento de economia da Universidade de Harvard por 2 anos.
3) Subsecretário de Política Fiscal – Marco Antônio Freitas de Hollanda Cavalcanti
Doutor em Economia pela PUC-Rio, pesquisador do IPEA e professor do departamento de Economia da PUC-Rio na área de Métodos Econométricos.
Foi diretor adjunto de Estudos Macroeconômicos do Ipea e editor da revista Pesquisa e Planejamento Econômico.
4) Subsecretário de Política Agrícola e Ambiental – Rogério Boueri
Economista pela Universidade de Brasília (UnB)
Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (EPGE/FGV), do Rio de Janeiro
PhD em Economia pela University of Maryland at College Park, EUA.
Servidor do Ipea desde 1996, onde desempenhou as funções de:
Coordenador de Finanças Públicas
Coordenador de Estudos para o Desenvolvimento Federativo
Diretor de Estudos e Pesquisas Regionais, Urbanas e Ambientais.
Atualmente é Diretor de Desenvolvimento Institucional daquele instituto.
Entre 2002 e 2013, foi professor de Finanças Públicas no Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Católica de Brasília e atuou como pesquisador visitante da Copenhagen Business School (2014-2015).
Foi secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (2015-2016) e presidente do Conselho de Administração da Caixa Econômica (2016-2017).
5) Subsecretário de Política Microeconômica – Pedro Calhman de Miranda
Economista com experiência profissional em políticas públicas, com foco em políticas de melhoria do ambiente de negócios, desenvolvimento do mercado de crédito e regulação econômica e financeira.
Mestre em Economia pela PUC-RJ (1998-2000)
Graduação em Economia pela UNB (1993-1997)
Prêmios de Excelência em Monitoria, Departamento de Economia da Universidade de Stanford (2007 e 2009)
Subsecretário e Diretor de Programa na Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), inicialmente, e posteriormente Subsecretário na Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria (SEFEL), a partir de 2016.
6) Subsecretário de Direito Econômico – Marcos Kohler
Bacharel em Economia pela UFMG
Mestre em Economia pela UFMG.
Ministério do Planejamento, na Secretaria de Política Urbana, de 1996 a 1998;
Banco Central do Brasil, no Departamento de Normas, de 1998 a 2002;
Senado Federal como consultor legislativo da área de sistema financeiro e dívida pública, desde 2002.
Publicou artigos na Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e Valor Econômico.
Como fica claro, trata-se de um time de peso de economistas com bom preparo e viés liberal. Isso será fundamental para o alinhamento da equipe com as metas traçadas pelo ministro Paulo Guedes e endossadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. O trabalho deles será árduo pela frente: reduzir o escopo do estado na economia, liberando as forças criadoras de riqueza na iniciativa privada. Espero que tenham sucesso, pois o Brasil precisa desse choque de liberalismo com urgência.
Rodrigo Constantino