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Fonte: Estadão
Fonte: Estadão| Foto:

Nós vimos como o movimento ambientalista é poderoso e organizado. São bilhões de dólares envolvidos no alarmismo, no ecoterrorismo, na histeria do “aquecimento global”, agora transformado em “mudanças climáticas” que é para abranger qualquer coisa. Donald Trump comprou uma briga corajosa com essa turma nos Estados Unidos e no mundo, ao colocar na EPA, a agência responsável pelo assunto, um crítico dessa “tese” e também ao cortar do orçamento recursos para a área. E só há uma coisa que os “ambientalistas” amam mais do que Gaia: dindin.

Temos nossa versão em menor escala dessa briga com os ecoterroristas, liderada por Ricardo Salles, secretário de Meio Ambiente do governo de São Paulo. Salles tem tentado acelerar os processos para permitir mais investimentos produtivos, embarreirados pelo poderoso lobby “ambientalista”, e por isso tem sido alvo de duros ataques e até processos. Mas não parece ter se intimidado, como vemos nessa notícia:

O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles, voltou a se desentender com ambientalistas e acadêmicos ontem, em reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Acusado de agir de forma autoritária e reduzir a participação da sociedade no Sistema Ambiental Paulista, em favor de interesses privados, Salles disse que herdou uma secretaria “gerida pelos queridinhos da academia”, ineficiente, ideológica e hostil ao setor empresarial.

“Todos são tratados iguais aqui na secretaria. O problema é que até recentemente, em muitas das coisas que eram feitas aqui, o setor produtivo em geral era escanteado como se fosse persona non grata”, afirmou Salles — ressaltando que não se referia apenas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas a todo o setor produtivo. “O que nós fizemos aqui foi um reequilíbrio das oportunidades de se manifestar.”

Salles é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) por improbidade administrativa, acusado de alterar mapas da Área de Proteção Ambiental (APA) da Várzea do Rio Tietê em favor da Fiesp, conforme revelou reportagem do Estado em 17 de fevereiro. “O que nós fizemos aqui na secretaria foi corrigir coisas que estavam evidentemente equivocadas”, disse ele, ontem, prometendo apresentar as provas ao Consema. Em uma reunião recente em Ilhabela, ele acusou o MP de agir de forma “demagógica”.

[…]

Em entrevista hoje, ele disse que seus comentários não são uma crítica aos seus antecessores. “A Secretaria do Meio Ambiente sempre padeceu de uma visão de que o seu corpo técnico tinha meio que vida própria, e que o secretário teria pouco ou quase nenhuma influência nessas entidades. Eu não coaduno com essa visão. Todas as entidades que compõem o Sistema Ambiental Paulista, até por força de lei, estão subordinadas ao secretário”, afirmou Salles. “Talvez a culpa deles (Patrícia Iglecias e Bruno Covas) se restrinja a ter delegado ou confiado, ou permitido, que essas autonomias se impusessem. E eu não concordo com isso.”

Ou seja, eis o que a patota ambientalista não aceita: a perda de poder e controle, o que significa a perda de recursos. E são muitos recursos para pouca ciência, diga-se. A substituição da ciência pela ideologia tem sido a marca registrada do movimento ambientalista, que serviu de refúgio para as viúvas do socialismo, que encontraram nessa narrativa um pretexto para atacar o capitalismo e propor mais estado sempre como solução.

Ricardo Salles faz bem de comprar essa briga. Precisa saber que não está sozinho, que conta com o apoio de boa parte da população, que não sucumbiu a essa ladainha de “aquecimento global” iminente. A minoria é organizada e barulhenta, mas a maioria quer o progresso, os investimentos produtivos, não “salvar o planeta”, como se ele realmente estivesse em vias de destruição por derretimento. Em frente, Salles!

Rodrigo Constantino

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