Fonte: FEDERICO PARRA / AFP| Foto:

Doze pessoas morreram nos protestos registrados entre a noite de quinta-feira (20) e a madrugada desta sexta-feira (21) em Caracas, na Venezuela. Ao todo, o número de vítimas em três semanas de protestos violentos contra o governo de Nicolás Maduro chegou a 21 pessoas. De acordo com a ONG Foro Penal, 458 pessoas que foram detidas ao longo da semana continuam presas.

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Em um comunicado, o Ministério Público da Venezuela confirmou as mortes de 11 pessoas e seis feridos “durante os atos de violência ocorridos” em El Valle, ao sudoeste da capital da Venezuela. Algumas das vítimas morreram eletrocutadas durante saques e outras por ferimentos causados por armas de fogo, declarou a Procuradoria.

“Parecia uma guerra. A Guarda e a polícia usava gás, civis armados atiravam contra os edifícios. Minha família e eu nos jogamos no chão. Foi horrível. Conseguimos dormir depois que tudo acabou às três da madrugada”, contou à AFP Carlos Yánez, de 33 anos, morador de El Valle.

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Caminhões da unidade antiprotestos dispersaram pequenos protestos com gás, depois que moradores instalaram barricadas de lixo em várias esquinas da região. Um caminhão foi parcialmente incendido, depois que foi atingido por coquetéis molotov.

Segundo confirmaram ONGs como o Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea), manifestações civis foram reprimidas pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e, em muitos casos, também atuaram os coletivos chavistas (grupos armados que defendem o governo). Desde o começo dos protestos, em abril, quase 1,3 mil pessoas foram presas pelo governo venezuelano. Dos mais de 450 presos durante a última semana, 445 ainda não foram levadas a júri. Segundo a lei do país, o prazo máximo para que isto seja feito é de 48 horas após a detenção.

As imagens e vídeos da noite fatídica de Caracas estão circulando nas redes sociais e dirigentes opositores como Henrique Capriles, governador do estado Miranda, denunciaram a repressão. Os confrontos obrigaram até mesmo a evacuar um hospital infantil em El Valle, onde estavam internadas 54 crianças. De acordo com o governo, o hospital foi atacado por grupos armados financiadas pela oposição, acusação desmentida pelas lideranças opositoras.

Pois é, a Venezuela caminha a passos largos para uma guerra civil, e se não está lá ainda, é porque o povo não tem armas, e isso é pior para o povo. A ditadura socialista se impõe com violência cada vez maior, com uma repressão semelhante a de todos os regimes comunistas do passado, como Cuba, União Soviética e China, por exemplo. Uma cena de uma mulher comum em frente a um tanque remeteu àquela da Praça “Celestial” na China, mas vejam que o canal “oficial” dos socialistas a chamou de “terrorista”:

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Os mesmos “jornalistas” que fazem de tudo para não chamar os terroristas islâmicos de terroristas, ou os marginais de marginais, ou ainda os invasores de propriedade de invasores, não titubeiam na hora de meter um “terrorista” na mulher desesperada que se colocou à frente dos tiranos. Ela estaria, vejam só!, impedindo o veículo estatal de trazer a paz. A “paz” significa meter bala na população e matar dezenas.

Aliás, parêntese: é mais difícil encontrar as palavras “socialismo” e “esquerda” nas reportagens sobre a Venezuela do que uma agulha num palheiro. A mídia mainstream faz de tudo para dissociar o caos venezuelano da ideologia que o pariu. É muita safadeza mesmo. Fecho o parêntese.

Cheguei a comentar ontem no meu Facebook: “Esse é aquele momento em que todos os defensores da Venezuela, de Maduro e do ‘socialismo do século XXI’ desaparecem, não é mesmo? Lamento muito pela desgraça do povo. Sempre que o socialismo for aceito no começo, será imposto no final como tirania”. Mas subestimei a canalhice dessa gentalha. Vejam esse vídeo do petista Paulo Pimenta, divulgado pela Embaixada da Venezuela no Brasil:

E não foi só o PT. O deputado federal do PSOL também gravou vídeo em apoio ao governo tirânico da Venezuela:

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Como essa turma consegue deitar a cabeça no travesseiro de noite, quando tantos inocentes sofrem com o socialismo imposto por Maduro? É um caso de psicopatia? Só pode, pois é preciso ser completamente desprovido de empatia pelo próximo para defender o ditador contra a população faminta, desesperada, miserável e escravizada.

Sejamos francos, pois não há espaço para rodeios aqui: quem defende o modelo cubano, o modelo venezuelano, o socialismo, o PT ou o PSOL em pleno século XXI não tem mais como alegar ignorância. É falta de caráter mesmo! É psicopatia! É seita ideológica que coloca abstrações acima de gente de carne e osso, vítima da opressão vermelha.

E é hipocrisia, pois nenhum deles quer realmente viver no socialismo, ir para a Venezuela aproveitar as “conquistas” da revolução bolivariana (hiperinflação e escassez generalizada, e sem embargo americano para levar a culpa). Eleitor de Marcelo Freixo, Jean Wyllys e companhia assume que deseja esse mesmo destino para o Brasil, ou seja, é inimigo da população brasileira.

E que fique registrado o alerta: sempre que o socialismo for aceito democraticamente no começo, ele será imposto como tirania no final. Foi assim em todos os casos. Não é uma baita coincidência: é o resultado inexorável dos meios adotados por essa ideologia da inveja.

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Rodrigo Constantino