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Nossos artistas, de forma geral, adoram porcaria, adoram flertar com o socialismo revolucionário, com a violência. Claro que muitos se encantaram com os black blocs. Esse vídeo reúne alguns deles enaltecendo a “reação” dos “oprimidos”:

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httpv://youtu.be/f5iTzXxydg0

Wagner Moura, Marcos Palmeira, Mariana Ximenes, Camila Pitanga, todos muito sensíveis, vendo o “outro lado”, defendendo esses mascarados que lutavam por um “mundo melhor”. Como esquecer de Caetano Veloso, que chegou a se fantasiar de um deles, um dos black blocs?

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Quando o cinegrafista Santiago Andrade foi morto por um rojão em um desses “protestos”, a turma saiu um pouco de cena, mas não resistiu por muito tempo. Logo depois já tínhamos novos apoios e artigos escritos para defender o indefensável. Francisco Bosco foi um deles, entre outros.

E agora? O que esses artistas têm a dizer depois que uma reportagem do Estadão mostrou os black blocs afirmando parceria com o PCC? Vejam que coisa meiga, que sensibilidade, que desejo de criar um “mundo melhor”:

“A gente vai devolver o troco na moeda que o Estado impõe”, ameaça o ativista, que trabalha para um hospital público de São Paulo. “O caos que o Estado tem colocado na periferia, por meio da violência policial, na saúde pública, com pessoas morrendo nos hospitais, na falta de educação, na falta de dignidade no transporte, na vida humana, é o caos que a gente pretende devolver de troco para o Estado. E não na forma violenta como ele nos apresenta. Mas vamos instalar o caos, sim. Esse é um recado para o Estado.”

“A gente tem certeza de que o crime organizado, o PCC, vai causar o caos na Copa, e a gente vai puxar para o outro lado”, continua o veterano. “Não temos aliança nem somos contra o PCC. Só que eles têm poder de fogo muito maior do que o MPL (Movimento Passe Livre, que iniciou as manifestações, há um ano, com ajuda dos black blocs). Pararam São Paulo”, acrescentou, lembrando as ações do PCC na década passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Viviane Mosé, no programa “Liberdade de expressão” da CBN hoje, repudiou tal parceria, que considerou muito perigosa, entre black blocs e PCC, mas disse que é pura ingenuidade dos “garotos” mascarados. Será? Ou será que é ingenuidade da Vivi Mosé, que ainda não entendeu o que essa garotada niilista realmente quer, sob os aplausos de artistas com a cabeça oca?

Desde o começo alguns poucos na imprensa ousaram remar contra a maré, condenando os black blocs com veemência. Fui um deles. Mas a memória é curta. A esquerda sempre contou com isso, caso contrário, o socialismo teria o mesmo destino do nazismo hoje. Vários endossaram os black blocs, agora parceiros estratégicos do PCC. O que vão dizer?

Onde estão Caetano, Wagner Moura, Camila Pitanga, Marcos Palmeira? Que silêncio constrangedor é esse? A máscara caiu. O que os black blocs representam ficou exposto. Resta apenas perguntar: esses artistas vão fazer uma tatuagem do PCC no braço? Ficaria um charme…

Rodrigo Constantino