Sergio Moro é ovacionado em show do Capital Inicial na República de Curitiba: o tsunami contra a corrupção

O juiz Sérgio Moro viveu mais um momento de superstar no sábado à noite durante show do grupo Capital Inicial em Curitiba. Por mais de um minuto, ele foi ovacionado pelo público presente na apresentação da banda de rock brasiliense no Teatro Positivo. As aparições públicas do juiz responsável pela condução das ações da Operação Lava-Jato viraram momentos dignos das estrelas pop com fotos, gritos, aplausos e uma idolatria quase mítica.

Como faz em todo show do Capital, antes de tocar o clássico “Que País é Esse?”, do Legião Urbana, o cantor Dinho Ouro Preto fez críticas ao sistema político e lamentou o atual momento que o país vive:

— Tenho a impressão que o poder é tóxico. Eles sentam naquelas cadeiras lá, naquelas palácios, e tudo desanda. A minha frustração é imensa. Eu não me sinto representado por ninguém. Gostaria que o Brasil voltasse às nossas mãos.

É bonito de ver a popularidade da Lava-Jato, do combate à corrupção, que tem como ícone o juiz federal Sergio Moro. O mesmo, diga-se de passagem, tão atacado pelos petistas. O ex-presidente Lula não seria ovacionado assim nem num comício do próprio PT, que sequer consegue reunir 3 mil pessoas atualmente. O PT acabou como símbolo, ainda que o petismo sobreviva.

E eis o curioso: esses artistas sempre representaram esse petismo, uma visão romântica de esquerda, que encontra hoje no PSOL seu substituto. Mas mesmo artistas como Dinho Ouro Preto, com viés de esquerda, estão tendo que elogiar Moro, tamanha a sua popularidade. Tentaram de tudo para manchar a reputação da Lava-Jato, mas não conseguiram.

A batalha das ideias foi vencida pelos brasileiros decentes no curto prazo. O PT é uma vergonha nacional, e Moro é ídolo, popstar, faz mais sucesso do que o próprio artista “rebelde”. Cabe a nós, liberais e conservadores, transformar isso em algo mais duradouro, transmitir uma mensagem mais estrutural da importância de um estado mais enxuto e eficiente, que pune com rigor os “malfeitos”.

Não podemos permitir que a turma esquerdinha capture essa indignação para o seu lado. É hora de mostrar as causas estruturais dos problemas, a concentração de poder e recursos no estado, as estatais inchadas e incompetentes, o intervencionismo na economia, o relativismo moral dos “progressistas”, que adotaram a máxima marxista de que seus “nobres” fins justificavam quaisquer meios.

O Brasil vive um momento interessante, um tsunami contra a corrupção. Cabe a nós todos explicar bem que essa corrupção não veio do nada, mas é fruto de uma mentalidade esquerdista que vem, ao longo de décadas, concentrando tanto poder no estado, e que teve no PT seu ápice. Deu nisso. Moro é popstar, pois o brasileiro cansou de tanta empulhação, roubalheira, tudo em nome do povo, dos mais pobres. O PT ao menos serviu para esse despertar da população.

Chega de esquerdismo! Afinal, que país é esse, em que tanto safado se disfarça de altruísta e, com o esforço dos outros, enriquece pela via política enquanto empobrece o povo trabalhador? Que país é esse?

Rodrigo Constantino