Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal
O canal de Luiz Felipe Pondé publicou um vídeo no qual o filósofo responde a pergunta: “O que é sexo politicamente correto”? Ele conclui que, dada a questão política e invasiva dos movimentos sociais que veem machismo em tudo, o sexo politicamente correto é aquele que tem como objetivo castrar o homem. Estou de acordo.
Antes que alguém questione a razão de um site liberal discutir tal assunto, digo que assim o faz porque as seitas politicamente corretas são instrumentos que procuram cercear nossas liberdades em todas as esferas na vida. E isso inclui, obviamente, a sexualidade. Como diz Pondé, o politicamente correto quer entrar debaixo dos nossos lençóis.
Essa discussão toda me faz recordar uma feminista com quem conversei certa vez. Ela dizia que o comportamento sexual da maioria dos homens refletia o machismo e o patriarcalismo. Essa menina, que à época fazia parte do Coletivo Anastácia Livre, dizia que um tapa dado pelo homem na mulher durante o ato sexual, mesmo que solicitado pela fêmea, seria machismo, pois refletiria “a violência que as mulheres sofrem diariamente”. Ademais, afirmou que algumas posições sexuais submetiam a mulher ao homem e que isso deveria ser discutido pelos movimentos sociais, afinal, em sua cabeça ideologizada, “às vezes a própria mulher não se dá conta que ela própria é machista”!
Quem não nega o mundo real e conhece um pouco mais dos “segredos da alcova” sabe que movimentos sociais e sexualidade é uma combinação infeliz. Segundo Pondé, o “sexo politicamente correto é um sexo chato”! Concordo com ele novamente. Uma mulher se submeter ao homem durante a relação sexual não implica em apanhar cotidianamente do marido violento. Claro que forçar uma relação sexual é abominável! Isso é estupro, portanto, crime, e bem diferente de “sexo com pegada”, diferença essa que as feministas radicais parecem ignorar – seria a falta de prática?
Outra coisa, o sexo politicamente correto sempre tem por objetivo, como já citado, colocar regras sobre o comportamento masculino. A mulher “emponderada” deve ser livre e se entregar aos seus desejos sem levar em consideração regra alguma. No entanto, o homem “machista” deve ser vigiado para que deixe de oprimir as mulheres. A masculinidade é o alvo.
Mas e o sexo entre dois homens? Se por acaso um deles quiser se sentir dominado pelo outro, isso seria homofobia? É preciso parar de se intrometer no que duas pessoas fazem entre quatro paredes quando há consenso. Deixem os indivíduos fazerem sexo em paz e parem de querer colocar Judith Butler na cama dos outros, mesmo porque ela não é nada sedutora, seja intelectual ou fisicamente.
Penso que essa gente politicamente correta, se pudesse, aconselharia os casais a levarem seus fetiches e posições sexuais para que os coletivos feministas discutissem em assembleia a fim de decidirem o que é um fetiche patriarcal ou uma posição sexual sexista.
Enfim, isso tudo é uma grande palhaçada. Se o sexo politicamente correto fosse desejável, a indústria pornográfica – carro chefe da internet – já teria feito filmes pornográficos politizados. Imagine a quantidade de acessos que teria um vídeo no qual a atriz pede um tapa na cara e o ator responde: “Desculpe, eu não posso. Isso seria muito patriarcal”.
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