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É inacreditável! Eu preciso de mais alguns minutos para continuar a escrever esse desabafo, pois ainda não estou acreditando. (Passam-se cinco minutos). Voltei. Vejam a que ponto ridículo chegaram esses movimentos de “minorias”, sem dúvida a coisa mais patética da era “pós-moderna”, que será motivo de embaraço e muita vergonha no futuro:

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O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) decidiu julgar a campanha “O mundo tá chato”, da Pepsi, depois de receber a queixa de cerca de 50 consumidores de que a peça desmerece movimentos e ações em defesa de minorias.

No vídeo, dois “limões-propaganda” da marca comentam a nova embalagem da Pepsi Twist. “Essa latinha ficou animal”, diz um deles no começo da peça publicitária. O outro prontamente responde: “Não fala assim não, algum animal pode se ofender”.

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O diálogo prossegue com os limões citando uma sequência de ditados envolvendo a fruta — como, por exemplo, “Você está mais azedo que um limão” — e de como, em um mundo “chato”, isso pode ser embaraçoso.

Sem citar nominalmente nenhum grupo ou categoria, a campanha ainda traz outras afirmações como “o mundo anda muito sensível” e “se o mundo tá chato, dê um Twist”.

Alguém conseguiu, mesmo depois de muito esforço, encontrar algo demais na propaganda, alguma “ofensa” que mereça punição do Conar? Então quer dizer que cinquenta desocupados irritantes resolvem protestar contra uma propaganda inofensiva dessas e o Conar resolve agir? O mais irônico é que esses seres ridículos dão total razão à mensagem do anúncio quando reclamam. Sim, o mundo só pode estar muito chato e “sensível” se até uma propaganda dessas ofende a ponto de gerar reação!

Essas “almas sensíveis” perderam completamente a noção do ridículo. A “marcha dos oprimidos” é o grande tema da modernidade, como tenho dito e repetido. Em nome dessa babaquice vemos grupelhos organizados assumindo postura intolerante e arrogante, típica de ditador mimado (como o norte-coreano), tentando transformar o mundo todo à sua imagem de recalcado loser.

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Por isso disse que é impossível entender o fenômeno lulopetista sem compreender esse “big picture” cultural que vem tomando conta do planeta. Meu novo curso online pela Kátedra tratará justamente disso. São os “fascistas do bem”, os tiranos que abusam do “politicamente correto” para impedir qualquer piada, qualquer debate sério, qualquer coisa que desvie uma vírgula de sua visão tacanha de mundo.

Em nome das “minorias”, esses “bárbaros sensíveis” sem um pingo de senso de humor estão conseguindo estragar o mundo. Até quando vamos aceitar calados essa tirania? Até quando vamos jogar o jogo deles? Até quando seremos pautados por esses afetados entediados?

Rodrigo Constantino