O estado, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT), resolve multar uma empresa “em defesa dos trabalhadores”. Mas os próprios trabalhadores saem em defesa da empresa e contra o estado. Os sindicatos, então, tomam o partido do estado, contra os trabalhadores. Pode parecer estranho para os novatos, mas é a regra quando o assunto é Brasil, com cores um tanto vermelhas de fascismo. Este, afinal, era justamente a simbiose entre estado forte e sindicatos, “em nome” dos trabalhadores.
A turma escolada no liberalismo, portanto, não ficará surpresa com a notícia. Cerca de 100 ônibus com trabalhadores da Guararapes Confecções foram para a sede do Ministério Público do Trabalho em Natal. O grupo protestou em favor da empresa e contra a recente ação civil movida por uma série de irregularidades identificadas nas facções da região Seridó que participam do Pró-Sertão.
Nesta semana, por meio de suas redes sociais, o empresário potiguar Flávio Rocha, proprietário do grupo têxtil, mobilizou a população para a realização da manifestação, às 17 horas em frente à sede do (MPT). Recentemente, o MPT multou a Guararapes Confecções em 38 milhões de reais por supostos abusos aos direitos dos trabalhadores das facções do Pró-Sertão. O grau de apoio dos trabalhadores fica claro nesse trecho dessa reportagem:
Os ônibus foram obstruídos e os sindicatos, supostamente defensores dos trabalhadores, tentaram impedir o acesso dos manifestantes. Não obstante, o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas. Os sindicalistas, sempre uma minoria barulhenta e organizada que costuma lutar pelos próprios interesses, não os dos trabalhadores, só não foram capazes de barrar o protesto pela imensa superioridade numérica dos funcionários que queriam defender a empresa, não o MPT:
Entende-se o motivo de tanto desespero por parte dos sindicatos: não queriam que funcionários como esse abaixo falassem, por razões óbvias. São funcionários que apoiam a empresa que lhes garante emprego, que se sentem parte de um projeto comum, que querem sua lucratividade, pois entendem que somente assim ela sobreviverá e poderá não só manter seus trabalhos como eventualmente aumentar seus salários. O MBL deu destaque para a fala dele:
No vídeo, a seguinte legenda:
Essa sim é uma manifestação legítima de trabalhadores brasileiros: bandeiras verdes e amarelas, pessoas honestas pedindo para que o Ministério Público do Trabalho não destrua os empregos delas, porque elas querem trabalhar e sustentar suas famílias com o próprio suor. Parabéns aos nordestinos que fazem este protesto hoje! Desejamos sucesso!
Caso não saiba, o MPT-RN entrou com uma ação contra a geração de empregos terceirizados no nordeste, e, com isso, ameaça empregos de milhares de trabalhadores. Triste o país cujo Estado mais atrapalha do que ajuda.
Sim, triste o país cujo estado quase sempre só atrapalha. Esse país é certamente dominado por sindicatos poderosos, por políticos esquerdistas, por uma mentalidade marxista que trata patrão e empresário como exploradores. Esse país é o Brasil.
Rodrigo Constantino
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS