Não canso de repetir: minha maior revolta não é com o “povão”, com o ignorante que vota no PT porque acha que o partido foi o responsável pela melhoria na qualidade de vida dos últimos anos e faz vista grossa aos escândalos de corrupção. Minha indignação mesmo é com a elite “formadora de opinião”, com os artistas, “intelectuais” e jornalistas que disseminam porcaria o tempo todo e ajudam a perpetuar os chacais no poder.
Vejam que coisa: vivemos num país em que um invasor como Guilherme Boulos, em vez de ir para a cadeia, é recebido pela presidente e ganha uma coluna no maior jornal do país. Vagabundos mascarados viram “ativistas”, niilistas que depredam patrimônio público e privado se tornam “militantes”, e haja eufemismo para defender o que não presta!
Querem mais um exemplo? Acabo de ler que Sininho vai inspirar uma personagem de minissérie na Record. Isso mesmo: o canal do bispo! A “ativista” Elisa Quadros foi a musa inspiradora para Lucrécia, interpretada pela atriz Carla Diaz. A black bloc vai se apaixonar pelo personagem de Bernardo Falcone. Ambos enaltecem o papel dos “militantes”:
“Com o tempo, a Lucrécia vira uma black bloc e acredita estar lutando por menos injustiças no país. Sim, a Sininho é uma das várias inspirações para compor o personagem. A Lucrécia acaba sendo envolvida por esse ambiente violento. Foi um momento importante do país e ainda é. Estou muito feliz em representá-lo”, diz Carla, que usa um visual mais pesado na minissérie.
Assim como Carla, Bernardo se empolga com os chamados black blocs. “Procuro não julgar, mas entendê-los. Li muita mídia alternativa para não ser influenciado pelos preconceitos da imprensa ‘oficial’. Sou contra a violência, mas acredito que todos que estão insatisfeitos têm o direito e devem se manifestar”, completou.
Já eu procuro julgar. E é inevitável condenar tamanha estupidez. É isso que dá ler a “mídia alternativa”. O ator é contra a violência, assim como Dilma, mas acha que os que estão insatisfeitos têm o direito e devem se “manifestar”. Ó, céus!
Quem lhes nega o direito de se manifestar? Agora, será que o ator acredita que é se manifestar lançar rojão na cabeça de um cinegrafista e matá-lo? Será que é parte da manifestação jogar coquetéis Molotov em policiais e incendiar ônibus? Será que um plano para explodir a Câmara municipal é apenas uma forma alternativa de se manifestar?
Como podemos ver, o problema não vem das massas, mas das elites. São os artistas, famosos ou desconhecidos, que defendem os “revolucionários” que querem destruir o “sistema”. São os “intelectuais” que justificam o uso da violência contra a polícia como legítima manifestação.
O Brasil é mesmo a Terra do Nunca, e nesse país de faz de conta, os bandidos viram heróis. Em qualquer país sério, Sininho estaria atrás das grades. Aqui, vai ser musa de minissérie. Não corremos o menor risco de dar certo enquanto isso não mudar…
Rodrigo Constantino
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