Juro: considero um espanto pessoas supostamente bem informadas que ainda caem no mito da medicina cubana em pleno século XXI, com acesso à internet e tudo mais. Entendo que são muitas décadas de propaganda enganosa, mas um pouco de esforço isento de ideologia já derruba as falácias repetidas pelo regime ditatorial e seus defensores. Mas alguns esquerdistas, como o “jornalista” Ilimar Franco, do GLOBO, pensam que só porque Obama, o banana socialista, falou, então está falado:
Tem gente vendo muito “documentário” do socialista Michael Moore e acreditando, pelo visto. Qual foi a grande contribuição de Cuba à medicina mundial? Como é o atendimento ao povo cubano? Existem bons hospitais e remédios disponíveis para a população de súditos dos Castro? Perguntas básicas que já derrubariam as mentiras repetidas pelos esquerdistas, mesmo que um deles seja o presidente dos Estados Unidos.
Recomendo esse texto aqui, publicado na Academia Médica. Há esse aqui também, do IMB, que detona a propaganda enganosa dos comunistas. Foi escrito por Humberto Fontova, cubano exilado, autor de excelentes livros sobre Fidel Castro e Che Guevara, em que também derruba os mitos sobre esses carniceiros assassinos. Seguem alguns trechos:
E, de fato, de acordo com os números da ONU, a atual taxa de mortalidade infantil de Cuba coloca o país na 44ª posição no ranking, bem ao lado do Canadá.
Mas o que a CNN deixou de lado é que, de acordo com essas mesmas estatísticas da ONU, em 1958 (o ano anterior à gloriosa revolução) Cuba figurava na 13ª posição, mundialmente. Isso significa que a Cuba pré-Fidel, robustamente capitalista, tinha a 13ª menor taxa de mortalidade infantil do mundo. Isso colocava o país não apenas no topo da América Latina, mas também acima de grande parte da Europa Ocidental, à frente da França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália, Espanha e Portugal. Hoje, todos esses países deixam a Cuba comunista comendo poeira, com taxas de mortalidade infantil muito menores.
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O que é ainda mais interessante (e trágico): a taxa de mortalidade materna em Cuba é quase quatro vezes maior que a dos EUA (33 versus 8,4 por 100.000). Não deixa de ser algo bem peculiar o fato de que tantas mães morram durante o parto, assim como tantas crianças de um a quatro anos, e, ao mesmo tempo, os bebês com menos de um ano (período durante o qual eles são classificados como bebês pelas estatísticas da ONU) sejam perfeitamente saudáveis!
Tal contradição poderia impelir algumas pessoas a questionar os números oficiais da mortalidade infantil cubana. Porém, se fizessem isso, tais pessoas jamais iriam conseguir um escritório em Havana para suas agências de notícias, e muito menos um visto para filmar um documentário.
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A propaganda castrista contida em Sickoenfureceu de tal forma as pessoas que foram amaldiçoadas pelo destino a viver nas terras feudais de Fidel, que elas resolveram arriscar suas vidas: utilizando câmeras ocultas, elas foram filmar as condições dos genuínos hospitais cubanos, na esperança de que pudessem alertar o mundo que o filme de Moore era uma trapaça a serviço da propaganda do regime stalinista.
Sob um enorme risco, duas horas de cenas chocantes — e quase sempre revoltantes — foram coletadas por minúsculas câmeras, contrabandeadas para fora de Cuba e entregues ao exilado cubano George Utset, que administra o soberbo e revelador website The Real Cuba (você realmente deve clicar ali e ver todas as fotos, clicando em cada uma delas para ampliar). O homem que assumiu a maior parte dos riscos durante a filmagem e que fez a exportação clandestina foi o dissidente cubano — e também médico — Darsi Ferrer, que também se dispôs a falar durante as filmagens, narrando grande parte das revelações do vídeo. O Dr. Ferrer trabalha diariamente nesses hospitais genuinamente cubanos, onde sempre testemunha a verdade. E o que é mais importante: ele não foi intimidado a revelar essa verdade para o resto do mundo — ele fez tudo espontaneamente.
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“Ganância” era o que Michael Moore estava combatendo em Sicko, correto? “Ganância” é o que Obama quer abolir, certo?
Bem, o vídeo mostra burocratas do regime castrista dizendo aos cubanos que aspirinas e outros remédios só poderiam ser disponibilizados se eles pagassem em dólares americanos — e não em pesos cubanos, os quais eles desesperançosamente portavam.
É impossível ler seus relatos, ver as imagens e continuar repetindo as baboseiras de “conquistas sociais” e “boa medicina” cubanas. Ao menos não sem peso na consciência, para quem a possui.
Rodrigo Constantino