Socialistas são aqueles que gostam de alardear compaixão e posar de abnegado, sempre com o dinheiro dos outros. Fugiram da aula básica de economia, sobre recursos escassos. Roberto Campos resumiu bem: “Os comunistas sempre souberam chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos. O que não sabem é plantá-las…”
A retórica de esquerda, portanto, serve para chegar ao poder, principalmente num país com muita ignorância e inveja. Mas quando estão no poder, aí a coisa complica. A turma organizada vai cobrar as benesses prometidas, como se dinheiro caísse do céu ou brotasse da terra, e pasmem!, falta verba para tanto populismo.
O prefeito paulista Fernando Haddad teve de descobrir isso the hard way, como podemos ver nessa notícia:
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse na tarde desta quinta-feira (21) que apenas um “mágico” seria capaz de resolver o problema da isenção da tarifa do transporte público para todo a população de São Paulo. Essa é a reivindicação dos manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) que vêm realizando protestos semanalmente na cidade.
“Agora quer passe livre para todo mundo. Então é melhor eleger um mágico em outubro, porque prefeito não vai dar conta disso”, afirmou Haddad durante uma visita ao bairro de Santo Amaro, na Zona Sul.
O prefeito também criticou o posicionamento da imprensa que o questiona sobre essa possibilidade. “’Você não vai dar passe livre pra todo mundo? (questiona a imprensa)’. Dá vontade de perguntar como você tem a coragem de me fazer uma pergunta dessa. Passe livre pra todo mundo custa todo o IPTU da cidade. Eu precisaria pegar todo o IPTU da cidade, tirar da Educação, tirar da saúde, tirar da cultura”, argumentou.
Haddad disse ainda que não irá gastar dinheiro público na veiculação de propagandas. “Vem me cobrar de comunicação. Não tem comunicação que dê conta disso, eu vou botar o que na televisão, vou gastar dinheiro público para falar o quê?”, questiona ele.
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O prefeito ironizou a possibilidade o pedido do passe livre para todos. “Tem tanta coisa que podia vir na frente, podia ser almoço grátis, jantar grátis, ida pra Disney grátis. Começa a ficar uma conversa que você não sabe aonde vai dar”, disse.
Parabéns, prefeito! Mas demorou a compreender algo tão banal, não é mesmo? Se ao menos tivesse lido algum livro de Milton Friedman… E agora precisa enfrentar os playboyzinhos burgueses do MPL, aqueles que vão “salvar o mundo” antes de arrumar a própria cama. Recursos escassos: eis o conceito número um da economia, e ignorado por candidatos esquerdistas e por jovens riquinhos, que buscam tesão em suas vidas medíocres colocando máscaras e atacando policiais. Tudo em nome dos pobres, claro…
Rodrigo Constantino