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SUS: o problema é de gestão

Os problemas de acesso e cuidados especializados no SUS têm mais a ver com desorganização e ineficiência do que com falta de dinheiro.

Essa é uma das conclusões do Banco Mundial em relatório obtido com exclusividade pelaFolha que analisa 20 anos do SUS e traça seus desafios.

“Diversas experiências têm demonstrado que o aumento de recursos investidos na saúde, sem que se observe a racionalização de seu uso, pode não gerar impacto significativo na saúde da população”, diz Magnus Lindelow, líder de desenvolvimento humano do banco no Brasil.

Um exemplo citado no relatório é a baixa eficiência da rede hospitalar. Estudos mostram que os hospitais poderiam ter uma produção três vezes superior à atual, com o mesmo nível de insumos.

Antes de os esquerdistas pregaram mais e mais recursos públicos como panaceia para todos os nossos males, seria bom cobrarem do governo fazer mais com menos.

Muitos pensam que vamos resolver nossos problemas de saúde e educação com mais impostos. Mas já pagamos muitos impostos, bem acima da média dos países emergentes, e temos péssimos serviços prestados.

Faz sentido demandar mais verbas antes de sanar essas graves imperfeições na gestão pública? Claro que não. Por isso mesmo, nessa etapa ao menos, tanto os social-democratas como os liberais deveriam estar juntos na pressão por melhoria dos serviços públicos sem incremento no orçamento.

É loucura pedir ainda mais recursos públicos antes de mostrar eficiência com a montanha de recursos já arrecadados. Só fatores ideológicos ou muito amor pelos altos impostos (estatolatria) justificam uma postura dessas. Fazer mais com menos, eis o imperativo do momento.

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