Taís Araújo publicou um longo texto em seu perfil no Instagram sobre a filha, Maria Antônia, que tem 2 anos e oito meses e gosta de brincar de casinha, da cor rosa e de princesas. A atriz conta que se “arrepia da cabeça aos pés” ao ver o comportamento da menina. “Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo aquilo em que acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo o que prego no meu dia a dia, a tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam para elas um único e fatídico destino”, escreveu.
Taís conta que Maria Antônia não ganhou nenhum brinquedo quando nasceu – já que tinha um irmão mais velho, João Vicente, e, por causa disso, a casa da família já estava cheia deles. “Assim ela ficou, sem brinquedos novos até completar 1 ano, se não me engano. Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não lembro, mas lembro com perfeição quando ela, com 1 ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela”, continuou.
A atriz afirma que o fato de menina gostar de rosa e de princesas, além de panelinhas e fogão, pode ser resultado do que ela vê à sua volta. “Mas ela também vê (e muito) outras coisas… até porque, quando senti esse movimento, a minha primeira ação foi apresentar a ela outras opções, para que ela pudesse perceber que, além do mundo de fadas, bonecas, saias, panelinhas e princesas, existe muita coisa legal com que ela também pode brincar.”
A ação, porém, não surtiu efeito. “Não adianta, ela gosta desse mundo, esse é o mundo de brincadeiras que ela escolheu para chamar de seu. Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando opções para que ela sempre saiba que pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser”, terminou.
Então quer dizer que não importou tanto a “construção social”, menos ainda a “construção familiar”, pois a menininha só quer saber de bonecas? Taís Araújo entrou em contato, pelo visto pela primeira vez, com a biologia. Uma aula prática que sua filhinha, com menos de 3 anos, proporcionou-lhe. Deram uma boneca para ela e pronto: todo aquele esforço de fazê-la gostar de tudo, das mesmas coisas que o irmão mais velho, foi por água abaixo.
Se Taís Araújo acompanhasse mais o mundo animal, saberia que nem tudo é “construção social”, que a biologia é coisa séria, não uma invenção machista opressora. Saberia que há uma tendência natural de as fêmeas serem mais protetoras da prole, e os machos de protegerem as fêmeas. Saberia que isso não é um absurdo inventado por terríveis e maquiavélicos homens insensíveis. Desconfiaria mais do feminismo.
Acompanho uma família de patos aqui perto da minha casa. Alimentei os 6 filhotinhos desde o começo. Por conta do furacão Irma, alguma coisa, tipo uma fita, invadiu o cantinho deles, e grudou na pata da patinha mãe. Fui me aproximar dela para tentar retirar o troço, que deve incomodar bastante, mas imediatamente o pato macho se aproximou emitindo sons supostamente ameaçadores. Eu entendi o recado: “Não mexe que ela é minha”.
Feministas não gostam disso, mas tenho certeza de que, no fundo, Taís Araújo apreciaria uma atitude dessas vindo de seu marido Lázaro Ramos. Um ato de coragem protetora. Já quando eu me aproximo demais dos filhotes, é a patinha que sai em sua defesa, deixando claro que fará de tudo para protegê-los. A mãe protege os filhos e o pai protege a mãe: parece uma configuração bizarra? Só para feministas, pois no reino animal não é tão incomum assim.
A atriz vive imersa na bolha politicamente correta, no Projaquistão, onde tudo que é “progressista” é lei religiosa, e para quem conservadorismo é doença mental. Para essa turma, “ideologia de gênero” é ciência, e ciência é invenção de machistas opressores. Talvez Taís Araújo devesse ver esse documentário norueguês, que derruba esse mito da “identidade de gênero”, inclusive com uma das feministas afirmando categoricamente que não liga para os fatos.
Isso mesmo. No vídeo, a “filósofa do gênero” Catherine Egeland, uma das entrevistadas, chega a afirmar que “não se interessa nem um pouco” por esse tipo de ciência e que “é espantoso que as pessoas se interessem em pesquisar essas diferenças”. Espantoso que as pessoas se interessem a pesquisar! É a ideologia acima de qualquer coisa, de tudo, dos fatos, da ciência, da busca pela verdade.
As feministas querem o “empoderamento” da mulher, e Taís Araújo quer a felicidade da filha. Louvável. Resta saber: se a pequena escolher ser uma boa mãe e boa esposa, apesar de toda a ideologia, ela será julgada por isso ou terá seus desejos respeitados, pela mãe e pela sociedade? Pergunta legítima, pois hoje, especialmente no Projaquistão, sabemos que uma mulher que escolhe “virar homem” tem mais respeito e admiração do que uma mulher que escolhe ser dona de casa…
Rodrigo Constantino
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