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Taxa de desocupação sobe em todas as grandes regiões no primeiro trimestre de 2016

Dados compilados pelo professor Ricardo Bergamini:

PNAD Contínua: taxa de desocupação sobe em todas as grandes regiões no 1º trimestre

A taxa de desocupação (10,9% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 1º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Nordeste (de 9,6% para 12,8%), Sudeste (de 8,0% para 11,4%), Norte (de 8,7% para 10,5%), Centro-Oeste (de 7,3% para 9,7%) e Sul (de 5,1% para 7,3%). No 4º trimestre de 2015, as taxas haviam sido de 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul.

Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 1º trimestre de 2016 foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,0%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).

O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,7% para o Brasil no 1º trimestre de 2016. Apenas a região Nordeste (49,0%) ficou abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,8% no Sul, 58,6% no Centro-Oeste, 55,9% no Sudeste e 55,0% no Norte.

Santa Catarina (60,4%), Rio Grande do Sul (59,8%) e Mato Grosso do Sul (59,7%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,8%), Rio Grande do Norte (46,7%) e Ceará (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.

No 1º trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho nas grandes regiões foram de 85,1% no Sul, 83,7% no Sudeste, 78,1% no Centro-Oeste, 63,5% no Norte e 63,1% no Nordeste. A média no Brasil foi de 78,1%. Santa Catarina (89,1%), Rio de Janeiro (86,3%), São Paulo (85,5%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (52,5%), Piauí (53,3%) e Paraíba (57,3%) apresentaram os menores.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.966) nas regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098), enquanto Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média.

O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.598), seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Rio de Janeiro (R$ 2.263). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.032), Piauí (R$ 1.263) e Ceará (R$ 1.285).

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ R$ 173,5 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,6 bilhões da região Sudeste, R$ 29,5 bilhões no Sul, R$ 27,6 bilhões no Nordeste, R$ 15,7 bilhões no Centro-Oeste e R$ 9,8 bilhões no Norte.

Região Nordeste apresenta maior taxa de desocupação

A taxa de desocupação mostrou diferenças regionais de patamares ao longo de todos os trimestres analisados. No 1º trimestre de 2016, a região Nordeste foi a que apresentou a maior taxa, 12,8%, e a região Sul, a menor, 7,3%. Na comparação anual, foi observada elevação de 3,4 pontos percentuais (p.p) na taxa de desocupação do Sudeste, a maior elevação entre as regiões.

Todas as grandes regiões apresentaram diferenças significativas na taxa de desocupação por sexo. No Brasil, a taxa ficou em 9,5% para os homens e 12,7% para as mulheres, uma diferença de 3,2 p.p. A região Norte mostrou a maior diferença (5,4 p.p maior para as mulheres) e as regiões Sul e Sudeste apresentaram a menor diferença (2,9 p.p maior para as mulheres).

Por nível de instrução, a maior taxa de desocupação, no Brasil, foi observada para pessoas com ensino médio incompleto (20,4%). Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 13,3%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (5,9%). Esse comportamento se repete entre as grandes regiões.

Por grupos de idade, a taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos, no Brasil, foi de 24,1%. Nas regiões Sudeste (25,5%) e Nordeste (27,4%) a taxa de desocupação das pessoas de 18 a 24 anos foi maior que a média nacional para a idade. A região Sul (17,2%) apresentou a taxa menos elevada. Destaca-se, ainda, a alta taxa de desocupação no Sudeste para as faixas de 14 a 17 anos (48,4%).

Na população desocupada, o percentual de mulheres foi superior ao de homens. No 1º trimestre de 2016, elas representavam 50,8% dos desocupados no Brasil. Apenas na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (48,9%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Sul (54,4%).

O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 10,0% das pessoas desocupadas e os jovens de 18 a 24 anos eram 33,2% no Brasil. Os adultos de 25 a 39 anos de idade (34,7%) representam a maior parcela entre os desocupados. Esta distribuição não se alterou ao longo da série histórica da pesquisa, porém, em relação ao 1º trimestre de 2015, a participação dos menores de idade na população desocupada apresentou aumento de 0,2 ponto percentual.

No 1º trimestre de 2016, 53,6% das pessoas desocupadas no país tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 23,8% não tinham concluído o ensino fundamental e aquelas com nível superior completo representavam 9,2%.

Como podemos ver, a crise afeta todo mundo. Homens, mulheres, jovens, adultos, gente com curso superior, gente sem estudos, nordestinos, sulistas. A destruição petista não tem preconceitos, não faz distinção: arrasa o que encontra pelo caminho.

Mas não dá para deixar de notar que os mais pobres sofrem mais, naturalmente. Aqueles sem formação, nordestinos, mais jovens, são os que pagam o pato de forma desproporcional. Mulheres também. Ou seja, as “minorias” do PT. São justamente os que o “partido” jura defender. São aqueles que o PT diz ter ajudado muito com as tais “conquistas sociais”. As “elites” estariam inclusive com raiva da “ascensão” dessa gente.

Sério? Os dados mostram algo bem diferente. O lulopetismo tem destruído a vida de todos, mas mais ainda dos mais pobres. São eles que estão sofrendo mais. A esquerda não gosta dos pobres; gosta da pobreza. Como os mais pobres, desesperados e menos instruídos, aceitam promessas irreais e sensacionalistas, costumam formar a base de apoio dos oportunistas de plantão.

O verdadeiro amigo dos mais pobres não é o esquerdismo, mas sim o liberalismo. É ele que permite a saída dessa gente da pobreza, de forma sustentável, sem dependência do estado, sem esmolas, sem compra de voto. Os liberais querem ajudar os mais pobres de fato. Os esquerdistas, como vemos na classe artística, só querem preservar mamatas, insensíveis ao que ocorre com a camada de baixo.

Rodrigo Constantino

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