Fonte: Veja| Foto:

Hoje é um dia feliz para os brasileiros e meio triste para os petistas. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar na manhã desta quinta-feira determinando que o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja suspenso de seu mandato parlamentar e, consequentemente, da presidência da Casa legislativa.

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Como assim, Rodrigo? Aquela gente toda nas ruas pedindo o impeachment de Dilma não era massa de manobra do maquiavélico e terrível Cunha? E os petistas não estão há meses falando só da saída de Cunha, sem nunca lembrar de Renan Calheiros, muito menos dos petistas envolvidos na Lava-Jato?

Pois é. Não é bem assim. Os brasileiros que foram às ruas pedir o impeachment de Dilma não são de um partido, muito menos de um político. São patriotas cansados da roubalheira em geral, mas mais cansados ainda do PT, de sua incompetência, de seu cinismo, de seu viés autoritário, de seu comunismo. Demandar a saída de Dilma era uma questão de prioridade, que qualquer sujeito razoável entenderia.

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Já os petistas focaram toda a sua energia em Cunha por um motivo muito simples: precisavam de um bode expiatório para culpar. Sua narrativa tinha que ficar restrita ao Dilma versus Cunha, como se este fosse o grande inimigo daquela e o responsável por seu impeachment, sozinho. Virando uma briguinha pessoal, os petistas poderiam alegar, como fizeram, que tudo não passava de uma “vingança” de Cunha, ele sim, o corrupto.

Ninguém liga a mínima para Cunha. Do lado de cá, não temos bandidos de estimação, não vestimos camisas vermelhas para defender os “nossos” criminosos, jamais iríamos agredir outras pessoas só por pedirem a prisão de um chefe de quadrilha só porque é da “nossa” quadrilha. Não temos quadrilha, não somos de máfia alguma. Por isso estamos felizes com a notícia.

Enquanto isso, os petistas estão tristes. Quem eles vão responsabilizar pelo impeachment agora? Com Cunha fora, o que eles vão dizer? Como o hilariante Fábio Porchat vai produzir um texto incrível como aquele no Estadão, em que só repetia “Fora Cunha”?

Os discursos dos petralhas perdem força com o afastamento de Cunha. Os petistas precisam do malvadão comandando o show, pois assim preservam seu conto de fadas para os alienados que ainda conseguem defender o PT. Mas o impeachment nunca foi “do Cunha”. Ele era do Brasil. Feito por advogados independentes, inclusive por um fundador do PT. Defendido por milhões de brasileiros sem partidos. E acatado por 367 deputados de vários partidos diferentes. Isso parece obra de um homem só?

Cunha teve seu papel sim, ao viabilizar o processo todo como presidente da Câmara. Por tanto, merece crédito, e serve como atenuante para seus malfeitos. O povo brasileiro será grato por seu trabalho nesse sentido. O que não o torna um herói, muito menos o “dono” do impeachment. Seu afastamento é positivo para esclarecer isso tudo.

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Tchau, Cunha! Pode levar o Renan junto, aquele que, curiosamente, é réu em mais processos ainda, mas é sempre ignorado pelos petistas. Nós não vamos derramar uma só lágrima por vocês, ao contrário dos petistas, que choram copiosamente, quando não estão cuspindo, ao ver o PT indo embora do poder. Nós vamos festejar muito quando Dilma sair, o que falta pouco agora. Contagem regressiva e champanhe no gelo. Tchau, querida!

PS: Não acharíamos ruim se o ministro Teori Zavascki fosse embora junto dessa turma. Afinal, sabemos que tomou essa decisão certa por motivos errados, tendo se mostrado um simpatizante do PT num cargo que exige completa isenção.

Rodrigo Constantino