A Folha divulga que o presidente Michel Temer vai enviar ao Congresso um projeto de lei que reduz o papel da estatal EBC e fecha a TV Brasil, também conhecida como “TV Traço”, dada sua audiência nula. A empresa depende de recursos do Tesouro que, só esse ano, devem passar de meio bilhão de reais. O grosso é consumido com pessoal, ou seja, salários inchados para sustentar petralhas, em português claro. A TV Brasil é responsável por cerca de metade dos custos da EBC.
Caso tais medidas sejam aprovadas, o atual presidente da estatal, o “jornalista” Ricardo Melo, apontado por Dilma dias antes do impeachment passar pelo Senado, perderá a boquinha. E com ele tantos outros petistas disfarçados de jornalistas, gente que está na folha salarial só para ser remunerada pelo proselitismo ideológico e partidário, figuras toscas como Emir Sader.
Desde a sua criação a EBC já consumiu R$ 2,6 bilhões do Tesouro Nacional, ou seja, do nosso dinheiro. E para quê? Qual o resultado prático? O cabide de empregos vem aumentando: saiu de uns 1.500 para mais de 2.500. Sou da opinião de que Temer deveria fechar toda a estatal, mas só de acabar com a farra na TV Brasil já está de parabéns. É o carro-chefe do esquema:
Segundo o jornal, que ouviu executivos da estatal em anonimato, a ingerência petista na empresa começou quando funcionários de carreira foram trocados por apaniguados, gente que passou a ganhar bem mais do que a turma “da casa”. Claro: o motivo era outro: sustentar indiretamente parasitas que vivem para defender o indefensável, i.e., o PT. A prática teria acelerado durante a presença do ministro Edinho Silva na Secom, que comanda a EBC. Surpresa!
A própria Folha tem publicado diversos textos em defesa da EBC. Gente mui “isenta”, como “jornalistas” da “gangue do pixuleco”, que alegam ser a mídia nacional dominada por poucas famílias e que, por isso, é fundamental o governo bancar essa turma “independente”, em nome da “pluralidade”; ou então alguns conselheiros da própria EBC, que, imaginem!, não têm interesse algum na manutenção da estatal cabide de empregos.
Reinaldo Azevedo comentou sobre a decisão de Temer, aplaudindo-a:
Criada sob o argumento de que seria apartidária e de que não serviria aos interesses ideológicos do governo, a EBC — e particularmente a TV Brasil — virou um cabide de empregos do petismo. Não! Ninguém vê os programas de Nassif e afins. O que conta é o trabalho que esses contratados fazem na Internet em defesa do PT, no ataque a seus adversários, na difamação de figuras consideradas incômodas do Judiciário e na agressão permanente à imprensa independente.
Em tese, a EBC seguiria os passos da BBC, mas nunca conseguiu ser mais do que bisonha. Os programas de TV no mais das vezes são risíveis, tal o primarismo da linguagem e a sabujice a que se dedicam.
Segundo informa a Folha, o governo vai mudar a lei que regula a EBC, o que vai permitir o fim do conselho curador — um grupo formado de 22 integrantes, com mandato de dois anos —, que toma as decisões mais importantes na EBC. Isso vai permitir a demissão de Ricardo Melo, nomeado por Dilma no apagar das luzes do seu governo. Ele já havia sido demitido, mas conseguiu uma liminar no Supremo para voltar ao cargo.
Um país que vai fabricar um déficit de R$ 170,5 bilhões não pode se permitir manter uma máquina de empregar companheiros que consome mais de meio bilhão de reais por ano. E para nada. Metade dessa dinheirama vai justamente para a TV Brasil, a emissora que ninguém vê.
Reitero: não se trata aqui de criticar a suposta eficiência do trabalho ideológico da TV Brasil na defesa do petismo. Isso é bobagem. Reitere-se: a emissora é ignorada. Ela só é usada como cabide de empregos para alguns espertalhões que fazem o trabalho sujo do petismo em outras plataformas.
É exatamente isso. A TV Brasil não incomoda pelo efeito que tem, mas pela indecência que representa, e pelo instrumento que é de sustento de parasita ligado ao PT. O Brasil tem mais de 11 milhões de desempregados por culpa dessa gente, desse “partido” que eles defendem. Que esses petralhas possam ao menos engrossar o coro dos desempregados. É o mínimo de justiça após tantos crimes intelectuais.
E fica a lição: o estado não tem que ser empresário. Seja do ramo de petróleo, seja do ramo de distribuição de cartas, seja do setor financeiro, seja da área de comunicação. Estado empresário é algo que só interessa a essa patota oportunista, ninguém mais. Privatize tudo. E privatize já!
Rodrigo Constantino