O presidente em exercício, Michel Temer, anunciou nesta terça-feira (24) medidas para tentar conter o crescimento dos gastos públicos e retomar o crescimento da economia brasileira. O anuncio acontece um dia depois de Temer entregar ao Congresso pedido de autorização para que o governo registre em 2016 um rombo recorde de R$ 170,5 bilhões neste ano.
A primeira medida anunciada pelo presidente em exercício foi a proposta de devolução, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), de pelo menos R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos que, no total, somam mais de R$ 500 bilhões.
Segundo Temer, a ideia é que sejam devolvidos ao Tesouro Nacional R$ 40 bilhões neste momento, e o restante no futuro.
Trata-se de uma ótima medida! Sabemos como o BNDES foi usado como “orçamento paralelo” no governo petista, além de “bolsa-empresário” e “seleção de campões nacionais”. O grupo de Eike Batista se beneficiou bastante, assim como a JBS dos irmãos Batista e outros poucos grupos grandes. Um absurdo! Ícone do nosso “capitalismo de compadres” que nada parece com o capitalismo de livre mercado pregado pelos liberais.
No ano passado, João Luiz Mauad escreveu um texto no GLOBO em que diz:
Outra possibilidade de arranjar recursos extras para cobrir o déficit seria através de privatizações de empresas estatais, mas, além da proposta de vender 25% da BR Distribuidora (o que está bem longe de significar privatização, já que o controle permaneceria com o Estado), nem uma linha da proposta recentemente encaminhada ao Congresso toca nesse ponto. Eles preferem recriar a CPMF, tungando um pouco mais o bolso do contribuinte. Por quê?
Boa pergunta. Sabemos a resposta: o PT só quer mais estado, mais recursos extraídos à força da população trabalhadora. Assim sobra mais para pilhar, para manter privilégios para seus apaniguados. Temer, ao contrário, sinaliza que pretende reduzir os gastos públicos, privatizar estatais e pegar recursos de volta. Mais por necessidade de caixa do que por convicção ideológica, sabemos. Mas não importa muito nesse momento, desde que faça o certo, o que deve ser feito.
O PT, partido de esquerda, criou o maior mecanismo de transferência de recursos dos pobres para os ricos, usando o BNDES como instrumento. Temer pretende reverter parcialmente esse processo nefasto. Mas a esquerda, formada por artistas engajados e “intelectuais”, prefere o PT, e odeia Temer. E faz isso em nome dos mais pobres, o que é o mais espantoso. Quem realmente pensa nos mais pobres tem obrigação de apoiar Temer nessas medidas necessárias para conter uma injustiça e resgatar o crescimento econômico.
Rodrigo Constantino
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