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O Rio quebrou. O estado está falido, e num local dominado por tantas favelas isso é sinônimo de aumento da violência, que já é absurda. A economia afunda, muitos cérebros pensantes abandonam a “cidade maravilhosa”, cansados de alimentar esperanças e arriscar a vida.

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Todos sabem que a situação está terrível. É uma espécie de “tempestade perfeita”, que acumula anos de descaso, corrupção, ideologia equivocada, mentalidade “malandra”. O resultado está aí. E poderia ser ainda pior! Poderia ser um Freixo na Prefeitura. Há salvação?

Não acredito em fatalismo, e acho que até o Rio tem jeito. Mas não será nada fácil. Ao contrário: será muito difícil, quase impossível, mas o caos não é inevitável. É preciso mudar – e muito – a cultura, o jeitinho, o mecanismo perverso de incentivos num lugar repleto de funcionários públicos, artistas engajados, “intelectuais” socialistas e aposentados.

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Passei a semana em São Paulo, e sempre fico impressionado com o abismo crescente entre as duas capitais. Os paulistas respiram business, em cada café ou restaurante há várias pessoas em reunião, trabalhando, criando riquezas. O burburinho é constante, o agito é notável, o dinamismo é evidente.

Compare isso ao marasmo do Rio, às praias quase sempre cheias, aos bares com a turma de chinelo que se acha muito “esperta”, mas ajudou a criar um ambiente de otários, dominado pelo crime. Óbvio que muita gente quer ralar no Rio também, e muitos enfrentam obstáculos incríveis para tanto. Mas em termos gerais as diferenças são gritantes.

Vejam quatro notícias só hoje, em um jornal apenas, para se ter uma ideia da situação desesperadora do estado:

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Eis aí a realidade do cotidiano do Rio de Janeiro. A cada dia o jornal está repleto de notícias assim. É um caos! Alguns leitores (a minoria, felizmente) reclamam de eu ter me mudado para a Flórida. Querem um mártir? Ninguém deve ser obrigado a permanecer em local que te trata tão mal assim!

Continuo lutando – e muito – pelo Rio, pelo Brasil, por mudanças radicais. Muito mais do que esses que só reclamam nas redes sociais, ou pior: defendem a esquerda, o PSOL, as “ocupações” e condenam a PEC 241 e a reforma previdenciária. Mas faço isso tudo do meu bunker, com a família protegida, em maior segurança e respirando ares mais civilizados.

Gosto muito de morar em Weston, mas eis o ponto triste em que chegamos: se eu fosse voltar hoje, não escolheria o Rio para morar, minha cidade natal, onde vivi por 38 anos e tenho família e muitos amigos; escolheria provavelmente São Paulo mesmo (para a decepção daqueles que se dizem meus amigos, mas gostariam de me ver indo para Brasília como deputado federal).

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É o que o Rio está fazendo com as pessoas decentes, trabalhadoras, sérias, que pensam e são capazes de produzir, criar riquezas. O Rio espanta essa gente boa. E depois o “malandro” ainda acha que o paulista é um otário, pois só faz trabalhar. Quem é o otário aqui?

Penso que quem tem Dória como prefeito em vez de Crivella, e vive em ambiente mais estimulante, além de seguro, não deveria ser rotulado de otário por aquele que vive no caos. Claro que isso vale para o país como um todo: brasileiro “malandro” que adora detonar os “estadunidenses”, ainda mais agora que elegeram Trump, precisava olhar mais para o próprio umbigo antes de sair criticando os outros.

Talvez nosso maior mal seja mesmo o excesso de “malandragem”, do tipo que tenta até anistiar o crime de caixa dois para “zerar a pedra” e tocar a bola pra frente, de modo a “mudar tudo” para que tudo continue exatamente como sempre foi. Haja esperteza!

Enquanto o Rio ia afundando mais ainda, o então governador Sergio Cabral estava “pedindo” que “empresários” comprassem anéis de quase um milhão de reais para sua esposa, ou, em ato máximo de breguice, solicitando quadros com seu perfil e o de sua mulher pintados por Romero Britto. E os “intelectuais” que são “governados” por essa turma ainda acham que Miami é um lixo…

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Rodrigo Constantino