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Terroristas odeiam leis antiterroristas. Ou: MST democrático? Conta outra!
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Quando o leitor estiver na dúvida sobre determinado assunto polêmico, eis o que recomendo: procure ver quem está de um lado e quem está do outro. Não é infalível, mas é um bom termômetro. Se você vir gente como Vladimir Safatle, Marcelo Freixo e Maria Rita Kehl veementemente contra alguma proposta, a chance de você acertar ficando a favor dela é enorme.

É o caso da Lei Antiterrorismo. Muitos libertários e mesmo liberais ficaram aflitos, com alguma razão. Isso não dá poder demais para o estado? Não pode ser usado de forma arbitrária? Dúvidas legítimas. Mas vem cá: o Movimento Brasil Livre pretende colocar máscaras e jogar rojão em cinegrafista? A turma do Vem Pra Rua tem alguma intenção de depredar patrimônio público e destruir agências bancárias?

Claro que não. Tais atos são um tanto… terroristas, não é mesmo? E os liberais não são terroristas. Já não podemos dizer o mesmo de quem admira as Farc, de quem julga falar em nome do povo e se coloca acima das leis, disposto aos mais nefastos meios em nome de seus “nobres” fins. Esses são os invasores do MST, por exemplo. Terroristas? Em vários aspectos, sim, agem como terroristas, incutindo o medo no campo e vivendo de ameaças de violência.

Mas para a esquerda radical, o MST é um movimento social democrático, e essa mesma esquerda radical está totalmente contra as leis antiterrorismo. Escrevi aqui outro dia sobre os psicanalistas “sakamotianos”, essa turma bizarra que casou Lacan com Zizek e Marx, num menage à trois, matando o pobre coitado do Freud no caminho. Maria Rita Kehl é um ícone dessa gangue, e eis o que ela escreveu hoje, na Folha:

Se vivemos ainda algum resquício de terror no Brasil, isto se deve mais à ação de agentes do Estado que violam os direitos elementares do cidadão do que a abusos cometidos pela população ou por criminosos comuns –cujas punições estão previstas na Constituição.

Não me parece que o projeto de lei contra o terrorismo atenda a uma necessidade da sociedade brasileira. Vale lembrar que movimentos sociais –ocupações do MST ou de luta por moradia– são parte da dinâmica democrática. É preocupante que possam ser criminalizados, se predominar a pauta conservadora orquestrada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Tal projeto deveria nos aterrorizar, enquanto é tempo.

Reparem que engraçado: ela menciona a Constituição para atacar os agentes do estado, a polícia “fascista”, mas logo depois a ignora para defender invasores de propriedade privada, só porque invadem em nome do social. Quem diz que o MST e o MTST são “parte da dinâmica democrática” ou é um completo imbecil ou age de má fé. Maria Rita Kehl não me parece tão imbecil.

Essa gente é tosca, vive a serviço de uma causa assassina, criminosa, defende uma ideologia que só deixou rastro de sangue e miséria por onde passou. E faz tudo isso do conforto do capitalismo, como membros da elite que demonizam. É tudo muito podre, abjeto. E pensar que uma pobre vítima pode acabar no divã de um psi desses…

Rodrigo Constantino

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