Alto nível de educação, família de classe média ou média alta, com recursos econômicos próprios. Esse é o perfil dos nove terroristas suicidas que, segundo a polícia do Sri Lanka, lançaram os atentados de domingo em três hotéis de luxo e três igrejas, deixando pelo menos 359 mortos e mais de 500 feridos.
Pouco a pouco vão sendo conhecidos mais detalhe sobre como ocorreu o ataque terrorista mais sangrento da história do Sudeste Asiático. Para a polícia, já está comprovado o envolvimento de nove terroristas suicidas, entre eles uma mulher. As autoridades divulgaram os vídeos das câmeras de circuito fechado na paróquia de São Sebastião, em Negombo, nos arredores de Colombo, nos quais se vê o homem apontado como culpado pela explosão que matou, nessa igreja, pelo menos 110 pessoas. O vídeo mostra um jovem magro, de barba, carregando uma mochila grande e aparentemente muito pesada. O jovem vai até a entrada da igreja e, em um aparente ato reflexo, acaricia a cabeça de uma menina que cruza seu caminho acompanhada por seu pai.
Foi uma operação complexa que, sem dúvida, levou muito tempo para ser organizada. Os preparativos para lançar um ataque coordenado tão mortífero podem ter levado sete ou oito anos, declarou ao Parlamento o ex-chefe do Estado-Maior e atual ministro do Desenvolvimento Regional do Sri Lanka, Sarath Fonseka.
Alguém fica surpreso com isso? Só Obama e os esquerdistas! Para eles, o terrorismo deriva de um problema econômico e social, fruto das desigualdades. Eles sempre adotaram a narrativa de que é a pobreza que leva jovens ao radicalismo, o que é absurdo.
Normalmente, os terroristas seguem perfil similar: a maioria é homem e jovem. As ideologias extremistas e as religiões fanáticas atraem esses jovens alienados, em busca de alguma válvula de escape, de “sentido” como fuga do niilismo que os exaspera. É o ressentimento, o rancor, o vazio espiritual, a alienação, isso que costuma levar jovens para grupos extremistas.
O japonês responsável por organizar o ataque a Pearl Harbor havia estudado nos Estados Unidos. Os ideólogos por trás do comunismo, do nazismo e do fascismo eram de classe média, assim como muitos de seus seguidores fanáticos. As ideologias seduzem não o povão, mas justamente esse sujeito revoltado e entediado de classe média.
A complexidade dos atentados mostra como o discurso de que os atos em Sri Lanka foram uma reposta ao ataque na Nova Zelândia é furado. Não foi represália alguma ao atentado na mesquita. Não daria sequer tempo de orquestrar tudo em tão pouco tempo.
O ódio é o que move essa turma mesmo. E os discursos “progressistas”, infelizmente, acabam fomentando mais esse ódio, gerando mais vazio e alienação, e fazendo vista grossa ao perigo ideológico e religioso presente no radicalismo islâmico. Não tem nada a ver com desigualdades materiais e assistencialismo estatal jamais será a solução.
Rodrigo Constantino
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