Um leitor publicou no Facebook a seguinte mensagem:
Na era da internet, cada indivíduo é um jornalista em potencial. Se foi isso mesmo, como relatado, trata-se de um encontro muito suspeito e pouquíssimo republicano. O ministro Dias Toffoli tinha acabado de decidir pela soltura do ex-ministro petista Paulo Bernardo. Que vá logo depois ter um encontro em local vazio com um graúdo petista, que foi presidente da Câmara, é algo inadmissível para quem ocupa seu cargo.
Só para o leitor ter ideia, foi o maior bafafá nos Estados Unidos a procuradora-geral Loretta Lynch ter se encontrado casualmente no aeroporto com o ex-presidente Bill Clinton, uma vez que sua esposa Hillary, candidata a presidente pelo Partido Democrata, está sendo investigada pelo caso dos emails secretos.
Donald Trump se disse “boquiaberto” com o encontro, pensou ser uma piada antes de descobrir que tinha mesmo ocorrido. Loretta se justificou alegando que o ex-presidente soube que ela estava no aeroporto e foi lá jogar conversa fora, e garante que não falaram do caso Hillary. Alguém acredita? Não basta alguém nessa função ser honesta; é preciso parecer honesta também. E encontros desse tipo não ajudam.
Não foi apenas o concorrente Republicano que a atacou por isso. Mesmo democratas condenaram o encontro e afirmaram que Loretta não poderia ter se sentado para conversar com Bill Clinton, ainda que “sobre os netos”, como ela disse. Pega muito mal. E os americanos, à exceção dos obamistas, dão valor a esse tipo de coisa, pois querem preservar a República, a “coisa pública”, que jamais pode ser confundida com “cosa nostra”, como faz o PT o tempo todo.
Lembram do encontro de Lewandowski com Dilma em Portugal às escondidas? Pois é: o PT não dá a mínima para a República, e o STF tem sua imagem bastante manchada por conta dessa postura. Afinal, quase todos os ministros foram apontados por Lula e Dilma, e alguns demonstram claramente um viés partidário. Toffoli foi advogado do partido, amigo de Dirceu, e não se considerou impedido de julgar o mensalão. Deveria ter recusado, mas não o fez. E agora esse encontro estranho…
Advogados resolveram pedir o impeachment de Toffoli. Sim, um ministro do STF também pode sofrer impeachment. E no caso, ele merece! O Brasil precisa de um STF acima de qualquer suspeita, republicano, isento. Com encontros desse tipo, isso vira tarefa impossível.
Rodrigo Constantino