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Trabalhador brasileiro teve grande vitória ontem: agora é pressionar Temer para não suavizar reforma
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Com 50 votos a favor e 26 contra, o Senado aprovou nesta terça a reforma trabalhista, que finalmente, depois de décadas sob a CLT fascista de Vargas, moderniza alguns pontos em benefício dos trabalhadores e contra somente os sindicalistas. Não houve perda de direito algum, ao contrário do que alega a extrema-esquerda; houve ganho de liberdade.

Os principais pontos positivos são: o acordo coletivo poder valer agora, o que não era permitido antes de forma autoritária; a flexibilização da jornada de trabalho; e o fim do nefasto imposto sindical. Aqui o leitor realmente interessado pode se aprofundar mais nas mudanças. O mais importante é entender que tínhamos a lei trabalhista mais absurda, anacrônica, atrasada e prejudicial ao trabalho do mundo!

Somos os campeões em ações trabalhistas, o mercado de trabalho fica engessado, mais de um terço da mão de obra permanece na informalidade e chegamos a 15 milhões de desempregados. Um caos! E nem FHC nem Lula, mesmo no auge de sua popularidade, mexeram nesse vespeiro, preferindo preservar uma lei fascista que favorece apenas sindicalistas, que recebem quase R$ 4 bilhões por ano de imposto sindical.

Teve que vir um presidente tampão, envolto em crise política, econômica e ética, com míseros 7% de aprovação nas pesquisas, para finalmente mexer nesse troço. Talvez seja esse mesmo seu trunfo: a baixa popularidade, e portanto a ausência da necessidade de agradar esses setores organizados e baderneiros, que utilizaram as senadores do PT e suas linhas-auxiliares para tentar barrar no grito a reforma.

O Brasil tem pressa. Precisa se modernizar, gerar riqueza e empregos. E desafiar seus tradicionais inimigos é fundamental. Mas ainda que a turma do PT e da CUT tenha ido dormir com a cabeça inchada nesta terça, é cedo para cantar vitória. Temer pode vetar alguns pontos, pode suavizar a medida, ou inventar algum retorno do imposto sindical, para não asfixiar o caixa desses marginais.

E por isso toda pressão é fundamental. Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, já disse que nenhuma mudança na lei será aprovada. O imposto sindical, extinto pela reforma, poderá ser compensado pela criação de uma contribuição assistencial obrigatória, a ser cobrada de sindicalizados e não sindicalizados. Isso é simplesmente inaceitável!

A maior conquista do trabalhador foi justamente não mais ser forçado a bancar vagabundos em sindicatos que alegam lutar por seus interesses e direitos. Se isso fosse verdade, a cobrança não precisaria ser compulsória, pois os próprios trabalhadores pagariam de bom grado pelo serviço prestado. É claro que é uma baita mentira. Sindicatos trabalham para manter privilégios dos próprios sindicalistas e para impor uma agenda partidária de extrema-esquerda, mais nada.

As conquistas de ontem não foram pequenas. Paulo Eduardo Martins, que colaborou com a inclusão do fim do imposto sindical na proposta, celebrou: “O brasileiro está livre da escravidão sindical. A Lei Áurea da república não será revogada”. Foi um marco em nossa política, e todos os envolvidos merecem aplausos.

Agora é se preparar para a reação histérica e até violenta dos únicos que perderam privilégios. A tentativa fascista de ocupar à força a cadeira da presidência do Senado e impedir a votação foi apenas uma pequena demonstração do que vem por aí, do que essa gente é capaz. Tudo bem. Que venha o chororô e até mesmo o vandalismo dos petistas. Resistiremos. Lutaremos. E venceremos. Os fascistas não passarão!

E se Rodrigo Maia e Michel Temer têm algum interesse em entrar para a História como responsáveis por importantes mudanças em benefício dos trabalhadores, então resistirão aos atos de intimidação da corja vermelha.

Rodrigo Constantino

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