Durante meses a mídia mainstream mostrou verdadeira obsessão para com a suposta ligação entre Donald Trump e os russos, que teriam agido para influenciar as eleições americanas. A tese foi tratada como fato incontestável por vários veículos de imprensa. Mas agora que veio à tona a possibilidade de um grande escândalo envolvendo Clinton e os russos, num acordo de urânio, os jornalistas parecem ter esquecido dos russos. Trump não deixou barato:
O presidente se refere ao que o The Hill divulgou esta semana, mas que não mereceu tanta atenção da mídia (aposto que a maioria dos leitores aqui sequer soube do caso). Um controverso acordo assinado em 2010 com uma empresa russa de urânio, que levanta a possibilidade de “conflitos de interesse”, poderia ter sido aprovado por meio de propinas para Clinton, com a aquiescência de Obama.
O republicano Chuck Grassley, do Comitê Judiciário do Senado, prometeu “ir ao fundo dessa questão”. Segundo documentos obtidos pelo The Hill, o FBI tinha evidências já em 2009 que agentes russos utilizaram propina e outras táticas sujas para expandir a presença atômica de Moscou nos Estados Unidos, e mesmo assim Obama aprovou o acordo de urânio que beneficiou a Rússia.
O The Hill também divulgou que Grassley está buscando permissão do Senado para entrevistar o informante do FBI que ajudou agentes a expor a corrupção. O informante não teve como divulgar tudo que sabe, pois assinou um termo de “nondisclosure” e foi ameaçado por oficiais da Justiça quando tentou revelar parte das informações ano passado.
Já era sabido que a Fundação Clinton recebera quantias expressivas como doações, provavelmente atreladas a esse acordo, mas Grassley disse que soube de somas adicionais, por meio de uma palestra em junho de 2010 para um banco de investimento russo, no valor de $500 mil, que seria uma contrapartida ao acordo também. Entre os executivos do alto escalão do banco há ex-agentes de inteligência, e fontes descrevem a empresa como uma “extensão” do governo russo.
O casal Bill e Hillary Clinton é conhecido desde os tempos do Arkansas como oportunista e golpista, e muitos se referem a eles como Bonnie & Clyde, criminosos que praticavam seus crimes durante a época da Grande Depressão. O acadêmico Dinesh D’Souza, que acaba de lançar Big Lie, um livro sobre a influência nazista no Partido Democrata, é autor também de um livro que virou filme sobre os golpes dos Clinton e como suas mentiras marcam a trajetória recente do partido. Gravei um vídeo sobre o assunto:
E há, ainda, um documentário excelente (legendado), e essencial para quem quer conhecer melhor o casal tão influente na política americana, sobre as estranhas e suspeitas origens da fortuna da Fundação Clinton:
Como podemos ver, Lula não é um caso tão peculiar assim. Não é à toa que Obama disse que nosso ex-presidente era “o cara”. A esquerda americana cada vez mais se parece com a esquerda tupiniquim latino-americana: mais corrupta, mais cínica, e mais autoritária. Mas ainda há quem repita por aí que não existe esquerda nos Estados Unidos, ou que a mídia mainstream é “imparcial”. Tolinhos…
Rodrigo Constantino
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