A mídia “Fake News” e a esquerda americana farejaram uma enorme oportunidade de explorar o lamentável incidente em Charlottesville neste fim de semana contra o presidente Trump. Como teve gente morta, os abutres acharam ainda melhor. E todos passaram a cobrar uma resposta mais dura de Trump contra os “supremacistas brancos” e os “neonazistas”.
Ocorre que o presidente condenou os responsáveis pela violência, ao contrário do que fazia o presidente Obama quando grupos raciais de negros partiam para a agressão, inclusive contra policiais. Mas Trump cometeu um “pecado mortal” para a turma “progressista”: ele condenou toda a violência, ambos os lados que incitam ou partem para atos de agressão.
E isso foi insuportável para quem adota o duplo padrão de julgamento, que sempre isenta o “outro lado”, o lado dos próprios “progressistas”, de responsabilidade. As “minorias” podem agredir à vontade, pois possuem um “salvo-conduto” para a agressão. Foi o que Tomi Lahren, a bela republicana, desabafou nesse curto vídeo, deixando claro que o eleitor médio de Trump é um americano trabalhador comum, que não tem absolutamente nada a ver com grupos de “extrema-direita” racistas:
Tomi Lahren cobrou ainda coerência dos “guerreiros sociais” da mídia: por que não condenam a violência de todos os lados, por que se calam quando grupos de esquerda partem para a agressão? Foi exatamente na linha do meu comentário no Facebook assim que soube do ocorrido em Charlottesville:
Tudo muito triste. E sim, eu vou culpar a esquerda. Depois de Obama, o “primeiro presidente negro americano”, a tensão racial nunca esteve tão alta. Os democratas segregaram a nação. Criaram movimentos racistas como Black Lives Matter e não achavam que teria uma reação, com grupos gritando White Lives Matter? Sério?! Partem para a agressão com o aval e cumplicidade da imprensa, pois se trata de uma violência “redentora” e “reparadora”, e acharam que não teria resposta? Rotularam TODOS os brancos de “demônios” e a imprensa achou normal, e pensaram que ficariam calados? Criaram um clima de divisão nunca antes visto nas últimas décadas. Fizeram renascer das cinzas esses movimentos toscos como KKK. Todas as pessoas moderadas deveriam repudiar AMBOS os lados, mas a GNT People não aceita isso. Quer manter o duplo padrão. Pessoas decentes deveriam gritar ALL LIVES MATTER, sem distinção de cor ou “raça”, como queria Martin Luther King. Estão brincando com fogo, e já alertam para isso faz tempo. Estão colhendo o que plantaram. Lamentável tudo isso…
Há gente na direita que sequer acredita no relato do que aconteceu, pois, de fato, existem coisas estranhas. Sabemos que o local é dominado por democratas, o incidente começou quando grupos de esquerda resolveram retirar a estátua de um herói da guerra civil do lado dos Confederados, e sabemos que a extrema-esquerda não mede esforços para manchar a imagem da direita. Ou seja, não parece ser teoria tão conspiratória assim suspeitar de dedos esquerdistas no ocorrido.
Mas nem precisamos ir por esse caminho. É fato que existem grupos nacionalistas radicais, e grupos racistas, apesar de ser extremamente forçada a associação entre KKK e republicanos, até porque historicamente os racistas da Kun Klux Klan sempre foram… ligados ao Partido Democrata! Isso mesmo: algo que você jamais saberá se depender da “Fake News”.
Como existem muitos republicanos que se acovardam e fazem o jogo dos democratas diante de sua pressão e seu cinismo, Trump foi condenado por sua crítica “dúbia” até por colegas de partido:
Trump foi pressionado por integrantes de seu próprio partido a adotar uma postura mais clara em relação aos confrontos em Charlottesville. O senador republicano Marco Rubio disse no Twitter que era importante para o país ouvir o presidente descrever os eventos pelo que eles são, “um ataque terrorista de #supremacistasbrancos”.
Também republicana, a deputada Ileana Ros-Lehtinen criticou de maneira indireta do pronunciamento do presidente. “Supremacistas brancos, neonazistas e antissemitas são a antítese de nossos valores americanos. Não há nenhum outro ‘lado’ para o ódio e a intolerância.”
Não há nenhum outro lado? Que tal o lado dos Black Lives Matter, o lado dos “antifas” que vestem máscaras e saem por aí atacando os outros? Já postei alguns casos no blog. A deputada acha que esse lado não precisa ser criticado? Que essa turma não é a antítese dos valores americanos? Quer dizer que matar policiais e depois bancar a vítima de racismo ou impedir a palestra de quem pensa diferente são atitudes ligadas aos valores da América?
Existe violência em tudo que é extremismo. A diferença é que a esquerda “moderada” raramente condena a violência dos extremistas de esquerda, enquanto os conservadores fazem questão de deixar claro que malucos neonazistas não falam em seu nome. A diferença é um abismo moral intransponível. Mas, como a mídia precisa fazer seu jogo de narrativas, chama os malucos supremacistas brancos de “direita”, enquanto os malucos racistas do outro lado são chamados de “antirracistas” ou “antifascistas”.
Esses jornalistas precisam entender que o racismo existe dos dois lados. Até porque o público já está cansado de tanta hipocrisia…
PS: Se o leitor quiser ter uma ideia do grau de seletividade da imprensa, basta pensar que o atropelamento de civis em Charlottesville teve um responsável bem definido, um supremacista branco, estampado em todas as manchetes, enquanto todo atropelamento ou ataque de terrorista islâmico fica com o sujeito oculto, como se carros e caminhões tivessem vida, fossem Transformers, que saíssem por aí matando gente. É muita cara de pau!
Rodrigo Constantino
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