Assim que soube do lamentável episódio em Charlottesville, o presidente Trump foi enfático ao condenar atos de violência de ambos os lados. A inclusão faz sentido quando lembramos que vários grupos raciais de negros têm adotado práticas violentas. Mas a imprensa não ficou satisfeita. Queria que Trump falasse específica e nominalmente dos supremacistas brancos, deixando os racistas negros de fora.
Trump cedeu, e dois dias depois do ocorrido veio a público citar diretamente os supremacistas brancos. Agora a imprensa não tem muito mais o que explorar no episódio, mas ainda assim aproveita para acusar a demora de Trump em condenar os neonazistas e a KKK (historicamente ligada ao Partido Democrata). Eis alguns tuítes de ícones de esquerda da nossa imprensa:
O “craque” Caio Blinder está mais para Caio Blind, tamanha a sua cegueira quando a violência parte da esquerda e quando o então presidente Obama fazia silêncio sobre isso. Blinder se blinda com a seguinte defesa: é errado a direita cobrar coerência da esquerda, perguntar sobre Obama, colocar um “mas” depois da condenação dos atos de neonazistas.
Deixando de lado a questão que tais malucos jamais representaram a direita de fato, fica a pergunta: por que não devemos cobrar coerência da esquerda? Ao apontarmos para o fato de que Obama não só não repudiava atos violentos de grupos como o Black Lives Matter, como os incentivava, chegando a fazer uso político indecente da morte de negros marginais por policiais, estamos simplesmente condenando algo tão nefasto como o neonazismo: a cumplicidade da esquerda e da imprensa com o socialismo “redentor”, com os “progressistas” que se sentem no direito de bater e matar, com os racistas negros.
Sim, meus caros, existem racistas de todos os lados. E vários líderes negros do Black Lives Matter são claramente racistas, chegam ao absurdo de rotular todos os brancos de “demônios” (white devil, para ser mais preciso). Mas onde estava Caio Blind para criticar isso? Por onde andava Guga Chacra quando grupos “progressistas” tocavam o terror em cidades americanas, atacavam policiais ou, mascarados, impediam palestras de conservadores?
Não obstante, esquerdistas como Rogerio Galindo ainda têm a cara de pau de falar do “constrangedor silêncio da direita brasileira diante do racismo em Charlottesville”. Como é? Galindo, meu “colega” de Gazeta do Povo, ainda marcou o meu texto, em que deixo claro que as atitudes racistas em nome da direita são inaceitáveis, como se não passasse de um malabarismo para não condenar o que condenei:
Mas houve quem tentasse uma manobra ousada. Houve defesas a Donald Trump, dizendo que, sim, a culpa é de todos. A culpa é também dos liberais que “dividiram o país” – como se os Estados Unidos não fossem divididos antes de Obama; como se não tivesse havido escravidão, Jim Crow, segregação; como se o racismo não fosse uma marca histórica do país.
Ora, o racismo existe há tempos nos Estados Unidos sim, e não foi Obama quem o criou. O “primeiro presidente negro” americano apenas o fez renascer com mais força, ao adotar a cartada racial de forma populista, ao fomentar grupos radicais (sempre foi um agitador social em Chicago, aluno do radical Saul Alinksy). Obama, ao explorar de forma demagoga os casos de bandidos negros mortos pela polícia, jogou lenha na fogueira, segregou ainda mais a nação, fez ressurgir das cinzas a KKK.
Mas a direita brasileira condenou o racismo dos “supremacistas brancos”! O presidente Trump condenou também o racismo. Enquanto isso, onde está a condenação da esquerda dos atos bárbaros praticados pelos racistas do Black Lives Matter, que não aceitam que todas as vidas importam, inclusive a dos brancos? Onde está a condenação da esquerda em relação aos “antifas” que usam a violência para impedir palestras de conservadores em universidades? E onde estão os jornalistas nessas horas?
O ódio a Trump é tão grande que tem quem defenda abertamente o modelo chinês como melhor, ou considere o ditador comunista coreano um “homólogo” do presidente americano. Haja preconceito ideológico para tanto! Nessas horas, quase dá vontade de torcer para que o idiota conheça de perto a ogiva nuclear do maluco atômico comunista. A honestidade intelectual passou mais longe da esquerda do que Plutão da Terra…
Como fica claro, é o duplo padrão que mata, é o cinismo que enoja, é a hipocrisia que cansa. É por isso que tem gente que chega ao ridículo de atacar toda a direita conservadora como se fosse antidemocrática, ao mesmo tempo em que se cala diante de Maduro na Venezuela. O silêncio da esquerda diante das barbaridades esquerdistas é mesmo ensurdecedor!
Rodrigo Constantino
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