O presidente Trump anunciou uma “ordem executiva” (decreto presidencial) para intensificar a pressão contra o regime ditatorial do socialista Maduro na Venezuela. Essa medida costuma ser restrita aos piores governos do mundo, como Coreia do Norte, Síria e Cuba. Representa o congelamento de todos os ativos do governo socialista no país e o banimento de todas as transações comerciais.
Trump enviou ao Congresso uma carta explicando o motivo de sua decisão: “Eu determinei que é necessário bloquear as propriedades do governo da Venezuela à luz da contínua usurpação do poder pelo ilegítimo regime de Nicolas Maduro”, diz um trecho.
A carta listava as ações do governo venezuelano que levaram às sanções, incluindo “as violações dos direitos humanos do regime, prisão e detenção arbitrária de cidadãos venezuelanos, cerceamento da imprensa livre e tentativas contínuas de minar o presidente interino Juan Guaido da Venezuela e a Assembleia Nacional democraticamente eleita”.
Os EUA e seus aliados esperavam que Maduro desistisse de permanecer no governo depois de terem apoiado Guaido, o líder da oposição, mas o ditador permaneceu teimosamente no poder com a ajuda do governo cubano e o apoio russo.
Considerada antes entre os países mais prósperos da América Latina devido às suas vastas reservas de petróleo, a Venezuela entrou em colapso total depois de décadas de governança socialista que levou a uma escassez maciça de produtos básicos e a uma violenta agitação política.
Trump pode estar mirando em 2020, aproveitando para combater o viés cada vez mais radical e socialista dos democratas, mas isso não quer dizer que não esteja fazendo aquilo que é certo. Sabemos que Obama dificilmente tomaria as mesmas decisões duras em seu lugar.
Diante do atentado terrorista no Texas cometido por um “supremacista branco”, Trump não aliviou a barra para a extrema-direita também, e denunciou o ódio propagado por esses racistas. O presidente pediu união entre republicanos e democratas para combater esse mal, talvez até com maior controle sobre armas, culpou o viés da mídia por uma cobertura distorcida e com fake news que joga mais lenha na fogueira da polarização, e propôs a pena de morte rápida para esses terroristas.
Socialistas de um lado, supremacistas brancos do outro, e cada vez mais a moderação vai cedendo espaço ao radicalismo. Ninguém precisa escolher um lado nessa disputa: é perfeitamente possível condenar ambos os extremos, como faz o conservador Ben Shapiro, ele mesmo ameaçado de morte por supremacistas brancos, e um duro crítico do esquerdismo radical.
Rodrigo Constantino