Os 85 mil brasileiros residentes em Portugal, em 2017, formavam a maior comunidade de estrangeiros no país. O número é 5% maior do que o registrado em 2016. O Brasil também lidera na estatística de barrados nas fronteiras. No ano passado, 1.336 brasileiros foram impedidos de ingressar, representando 62,3% das recusas de entrada.
Os dados são do Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2017, divulgado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa.
O número de cidadãos de diversos países impedidos de entrar em Portugal cresceu 37,1% em relação a 2016. Foram mais de 18 milhões de pessoas controladas nas fronteiras do país, cerca de 17% a mais do que no ano anterior.
O aumento da fiscalização foi mais intenso nas fronteiras aéreas, com quase 16 milhões de pessoas controladas em aeroportos. Pouco mais de dois milhões foram fiscalizadas em fronteiras marítimas.
Depois da brasileira, as nacionalidades que sofreram as maiores recusas de entrada foram a angolana (148), paraguaia (131), moldava (45) e venezuelana (40).
Trump é o presidente de Portugal, por acaso? Não? Ah, então quer dizer que outros governantes também precisam endurecer com a imigração para impedir um fluxo descontrolado que pode gerar inúmeros problemas locais? Quer dizer então que controlar melhor as fronteiras não é coisa apenas de um insensível xenófobo feito Trump?
Quando a turma vai entender que de um lado temos os sensacionalistas, aqueles que apelam para a “sinalização de virtude” sem se importar com as consequências concretas de suas bandeiras, enquanto do outro lado temos adultos responsáveis preocupados com os efeitos reais das medidas?
Basta ler a coluna do petista Verissimo hoje no Globo, ou então a do “progressista” Guga Chacra no mesmo jornal, para identificar o “virtue signalling” de que falam os ingleses. São “posers” jogando para a plateia, tentando bancar os tolerantes e compreensivos sem pagar os custos desse “altruísmo” todo.
Não é à toa que Nassim Taleb, um pensador crítico dessa papagaiada toda, fala em “skin in the game”, ou seja, quem efetivamente coloca “o seu na reta”. Não por acaso os americanos falam do conceito de NIMBY: Not In My Back Yard. Ou seja, acho “lindo” uma horda de imigrantes ilegais, desde que não venham parar no meu quintal, claro.
Escrevi um comentário recentemente sobre meu retorno aos Estados Unidos, alegando que o Trump “malvadão” não me separou de meus filhos. Quase sete mil curtiram só no Twitter, mas uma turma revoltada veio me xingar de “babaca”, “insensível”, “ser humano desprezível” e por aí vai. Rótulos que tentam monopolizar as virtudes, as boas intenções, para não debater fatos e argumentos. Coisa de gente cega pela ideologia, como o esquerdista Caio Blinder.
Claro que me sensibilizo com o drama de refugiados ou gente desesperada que tenta fugir de seu país de origem custe o que custar (normalmente um país destruído pela esquerda). Mas chamava a atenção para o fato de que estavam sendo separados dos filhos aqueles que cometiam um crime, o que já acontece dentro da América também.
Qual a alternativa? Liberar geral? Escancarar as fronteiras? Rasgar o império das leis? É o que prega a esquerda, e isso faria a América virar uma republiqueta das bananas, justamente o motivo que leva tanta gente a fugir dos países da América Central e do Sul.
Verissimo acha que é questão de “sorte” nascer no país certo ou errado, mas esquece de falar que venezuelanos fogem de seu país porque ele foi destroçado por socialistas que ele defendia e defende. Curioso, não? Se dependesse dessa turma, os Estados Unidos seriam como a Venezuela ou o Brasil, e os americanos estariam tentando fugir daqui também.
Esquerdismo é sinônimo de esteticismo, de se importar só com as aparências, em parecer bonzinho. Todo jogo da esquerda atual se resume a isso. Um show infantil para bobocas. Mas o mundo cansou. Os adultos não viram a cara para o sofrimento de quem quer fugir de um país fracassado, mas entendem que a solução não pode ser estragar os demais junto. E escancarar as fronteiras seria fazer exatamente isso.
Portugal quer limitar a entrada de brasileiros, como brasileiros querem limitar a entrada de venezuelanos e haitianos, e como a América quer limitar a entrada de muçulmanos ou latino-americanos, especialmente aqueles que querem entrar de forma ilegal. Não são fascistas xenófobos. São apenas realistas e estão defendendo seus próprios interesses. E para isso elegeram Trump.
Rodrigo Constantino
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