Na reta final das primárias para as eleições americanas, uma pesquisa de intenção de voto divulgada ontem mostra empate técnico numa eventual disputa entre Hillary Clinton e Donald Trump, os prováveis candidatos democrata e republicano à presidência. Além disso, a sondagem, encomendada pelo jornal “Washington Post” e pela rede de televisão ABC, indica que a maioria dos eleitores tem opinião desfavorável sobre os dois principais concorrentes à eleição, que será realizada em 8 de novembro.
A pesquisa sugere que a corrida será competitiva e negativa. Trump aparece com 46% das intenções de voto, e Hillary, com 44%. O quadro representa uma mudança de 11 pontos a favor do republicano desde a pesquisa anterior, em março. A margem de erro é de 3,5%.
Se Trump é melhor – ou menos pior – que Hillary Clinton para os Estados Unidos e o mundo, nem vem ao caso aqui. Já deixei claro em outros textos que prefiro a incerteza com o bufão Trump à certeza de mais esquerdismo obamista com Hillary. O que gostaria de chamar a atenção, aqui, é apenas de como os “especialistas” da grande imprensa não entendem nada de política americana. Como Alexandre Borges comentou em seu Twitter:
Quando começou a corrida nas primárias, Trump era o palhaço que logo seria descartado. Disputou com outros 16 nomes no Partido Republicano, alguns bem fortes, e venceu. Jeb Bush, que era o favorito do establishment (e da imprensa) e contava com “deep pockets” (gastou uma fortuna na campanha), saiu logo no começo. Trump foi ficando, foi ficando… e eliminou todos os demais no processo.
Enquanto isso, Hillary era vitória certa do lado Democrata. No entanto, o velhinho gagá socialista Bernie Sanders foi incomodando, incomodando… e ainda representa uma pedra no sapato de Clinton, dando um sufoco danado a ela. Ou seja, Trump era o bobalhão que perderia fácil, e Hillary era a bam-bam-bam que levaria fácil pelo lado esquerdo. Não foi bem assim até agora…
Mas eis que muitos continuam afirmando que os Republicanos deram um tiro no pé, fizeram a maior bobagem do mundo ao escolher Trump, pois o bilionário excêntrico que quer fazer a América grande novamente não tem chances contra Hillary. Mesmo? O homem já está na frente dela nas pesquisas. E nem começou a atacá-la com vontade! Nem ligou sua metralhadora giratória tendo apenas ela como alvo. Vocês viram o que ele fez com Bush? E com Rubio? E com Fiorina? E com Ted Cruz?
Esperem só até Trump começar a pegar pesado com Hillary. Sim, ele vai pegar pesado, e vai dizer certas coisas que só ele tem coragem de dizer. Hillary vai mesmo usar a cartada sexual e posar de minoria vítima contra o machista Trump? O passado do predador sexual Bill Clinton será esfregado em sua cara sem dó nem piedade.
A esquerda politicamente correta, que adora se vitimizar, não está preparada para alguém como Trump, que sabe ser demagogo e não joga pelas regras impostas pelos “progressistas”, não aceita sua pauta como obrigatória. Vai ser divertido por um lado. E vai ser um massacre também. Se será suficiente para dar a vitória a Trump não sabemos. Mas que todos aqueles “especialistas” que cantavam vitória certa da esquerdista devem estar tensos agora, engolindo a seco suas palavras arrogantes, isso devem.
Melhor irem se acostumando com a possibilidade de um Donald Trump no comando da nação mais poderosa do planeta. Aos que morrem de medo dessa imagem, eu digo: Barack Obama é bem mais assustador. O mundo piora quando a América, o “xerife mundial”, adota postura pusilânime e retórica relativista, para agradar “progressistas” – e também todos os inimigos da liberdade mundo afora. Também morriam de medo de Reagan, e foi com ele que o império soviético acabou. Em vez da Terceira Guerra Mundial, tivemos o fim da Guerra Fria. Talvez fosse isso que desesperava tanto a esquerda na época, no fundo…
Rodrigo Constantino
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS