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Por Ricardo Bordin, publicado pelo Instituto Liberal

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Acordei na terça de carnaval com essa notícia enviada pelo Whatsapp:

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Quer dizer que a comissão de Direitos Humanos da OAB quer bater de frente com o perfil do Editora Humanas nas redes sociais? Só não digo que é uma piada pronta porque tal medida não tem graça alguma, principalmente pelo fato de que  uma eventual ação civil pública movida pelo MPF poderá vir a repercutir, caso gere um precedente jurídico, sobre mídias digitais de outros autores avessos ao “progressismo”, sob alegações similares. Ou seja, esta briga pode até parecer apenas um problema particular do sempre áspero Flávio, mas seus desdobramentos podem representar um marco histórico – para o bem ou para o mal.

Alegar ter sido submetido a este instrumento típico de governos autoritários, aliás, constitui uma das estratégias de vitimização que mais foi utilizada por aqueles que sonhavam com a ditadura do proletariado durante o regime militar, e que rendeu muitos votos e cargos eletivos para “heróis da redemocratização” como José Dirceu, Lula e Dilma. Censura no dos outros, aparentemente, é refresco.

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O principal pecado deste rapaz, em verdade, foi só um: dizer verdades fazendo uso de sátiras para propagá-las. Olavo de Carvalho sempre destaca que a melhor forma de desarmar movimentos de esquerda é ridicularizá-los. O deboche, portanto, é uma espécie de ataque que eles não suportam, pois expõe o ridículo de suas bandeiras ideológicas, desnudando suas causas absurdas. As famosas “capas de revista” feitas pelo Editora Humanas são um soco no estômago da hipocrisia e uma garantia de boas risadas – combinação insuportável para o politicamente correto.

A “teoria do pai ausente” foi outra sacada notável, quando foi constatado que revelar-se um seguidor de tendências esquerdistas era praticamente sinônimo de não manter boas relações paternas. Restava claro, com aquela piada, que a falta de laços familiares sólidos torna indivíduos integrantes de lares desestruturados idiotas úteis em potencial.

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Ou seja, esta briga é de todos, e, não por acaso, a hashtag #SomosTodosEditoraHumanas foi parar em 3° lugar nos Trend Topics. Se for o caso, seria justificável até mesmo promover um crowdfunding para pagar os honorários do advogado que irá representar o autor da página em em eventual processo judicial. Só espero que a OAB, neste contencioso hipotético, não jogue baixo e crie problemas para o profissional porventura contratado. Tendo em conta, todavia, sua conduta até aqui, não há como não suspeitar que até mesmo este tipo de recurso seria utilizado.

Mas talvez tais precauções mostrem-se desnecessárias se o Ministério Público, ciente de que é mantido pelo dinheiro dos pagadores de impostos e de que deve representar O POVO, e não determinados grupos de pressão barulhentos, resolver arquivar o inquérito civil de ofício. Não há como esperar postura diferente de um órgão verdadeiramente independente. A conferir.

Chama a atenção, aliás, que o nome deste perfil no Twitter e no Facebook refere-se justamente a predominância praticamente absoluta do esquerdismo nos departamentos de Humanas das universidades, o que é uma verdade incontestável. Ora, como os cursos de Direito estão inseridos neste contexto, não logram escapar desta patrulha ideológica incapaz de conviver com o contraditório. E a atual composição do corpo de magistrados do Judiciário brasileiro, especialmente no STF, decorrentes desta mesma conjuntura, leva a crer que será tarefa árdua manter no ar está página de humor politicamente incorreto.

Comissão de Direitos Humanos da OAB: você acaba de participar do quadro “probidade ausente”. Liberdade de expressão é direito fundamental, e não privilégio de uns poucos. Só para avisar.

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