Um homem que foi preso em flagrante após matar uma mulher a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, confessou à polícia ser um assassino em série. Durante o depoimento, Sailson José das Graças, de 26 anos, disse já ter matado outras 41 pessoas nos últimos nove anos, sendo 37 mulheres, três homens e uma criança. Com frieza, ele contou como planejava os crimes.
“Ficava observando a vítima, estudando. Esperava um mês, às vezes uma semana, dependendo do local. Eu procurava saber onde ela mora, como é a família dela, se ela passava na rua, via, dava uma olhada na casa, ficava estudando ela. De madrugada, numa brecha da casa, numa facilidade, eu aproveitava, entrava”, detalhou o preso na delegacia.
As vítimas preferidas dele eram mulheres negras e moradoras Baixada Fluminense. O delegado responsável pelas investigações afirmou que acredita na confissão e na participação de Sailson nos assassinatos, pois só uma pessoa que estava nos locais dos crimes poderia relatar tudo com tantos detalhes.
“A vontade dele de matar era por mulheres e ele não matava mulheres brancas, só negras. Ele seguia a vítima, estudava passo a passo até conseguir concretizar o delito”, explicou o delegado Pedro Henrique Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a polícia, Sailson é um psicopata e agora os agentes estão comparando as informações da confissão com os inquéritos de cada um dos crimes.
O relato acima é verdadeiro e consta na notícia divulgada hoje pelo G1, à exceção de um detalhe: troquei as cores das vítimas. Na verdade, Sailson, um legítimo psicopata frio e calculista, sem qualquer capacidade de empatia pelo próximo, gostava mesmo é de matar mulheres brancas. E ele é negro:
Nada disso, naturalmente, muda uma vírgula do horror de seus atos, do choque de qualquer pessoa razoável diante de seu depoimento. Não importa a cor da pele, afinal, e sim os atos. O racismo existe de ambos os lados. Um sujeito desses que resolve eliminar mulheres de determinada cor por puro prazer, sem arrependimento algum, é um monstro. Um monstro racista.
Troquei a cor das vítimas acima por um único motivo: chamar a atenção do leitor para o zeitgeist, para mostrar como, sob a ditadura do politicamente correto e a “marcha dos oprimidos”, a objetividade e a imparcialidade são as primeiras vítimas nos debates.
Fosse o contrário, um monstro branco assassinando mulheres negras, não resta dúvida de que o caso teria outra proporção, outra reação, e grande uso político e ideológico por parte das ONGs raciais, como prova definitiva do absurdo racismo brasileiro que precisa de reação enérgica do estado. A indignação é seletiva.
Monstros e psicopatas existem em todas as cores e tamanhos. E o racismo também. O que os liberais querem é superar o próprio critério racial e julgar o indivíduo e seus atos, independentemente de sua cor, credo religioso, altura, renda ou sexo. Seguir o conselho de Martin Luther King Jr., afinal, e julgar alguém por seu caráter, não pela cor de sua pele. Acredito que esse deveria ser o objetivo de todos nós em busca de um mundo melhor e mais justo.
PS: Meus sinceros pêsames a todos os parentes e amigos das vítimas desse psicopata. Conviver com a perda já não é tarefa fácil para ninguém, mas ter de aceitar a perda de um ente querido por motivo tão banal assim, porque um monstro resolveu se divertir matando inocentes, isso é impossível de engolir e por isso mesmo choca tanto.
Rodrigo Constantino
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