Por Jefferson Viana, publicado pelo Instituto Liberal
Boa parte das pessoas que defende o liberalismo sabe que muitos empresários utilizam-se dos tentáculos do governo para diminuir a concorrência e manter o seu nicho de mercado, em troca de favores a serem prestados à gestão governamental, no chamado capitalismo de Estado e também conhecido como capitalismo de compadres. Todavia, vemos uma nova categoria dos acordões entre empresários maldosos, fundações e governos, só que com muito mais perigo para a liberdade, o chamado Metacapitalismo.
Metacapitalismo é a situação que envolve empresários que não gostam da livre concorrência, instituições que abertamente defendem doutrinas socialistas e, em alguns casos, governos de viés socialista, com a finalidade de se manter projetos de poder que visam destruir a sociedade a qual conhecemos. Normalmente, são fundações ligadas a grandes empresas de seus setores, que em nome de uma “responsabilidade social”, financiam órgãos que defendem posições como aborto, desarmamento civil, direitos humanos relativizados e manutenção de projetos de poder insanos.
É uma conexão profunda e um subsistema não sobrevive sem o outro. Os crony capitalists investem pesadamente nos políticos, financiando seus projetos de crescimento desenfreado e apropriação do poder. Enquanto isto, recebem de bom grado largas margens de benefícios, bem como monopólios ou reservas de mercado e regalias fiscais, assim como toda sorte de percalços são colocados no caminho dos seus concorrentes. Ao duplo processo de burocratização e tributação com efeito seletivo podemos usar o termo “dumping tributário-administrativo”. Com efeito, trata-se de uma eficiente e mais aprimorada forma dedumping, e novamente é a população quem arca com os custos da iniciativa.
Instituições como a Fundação Ford, ligada ao setor automobilístico e a Fundação Rockfeller, ligada ao setor petrolífero, mantém instituições como a Planned Parethood, Sou da Paz e Viva Rio, que mantém projetos que ameaçam toda as heranças de nossa cultura e a manutenção dos chamados direitos naturais. Ainda mais com o lobby das instituições junto com o governo, como exemplo a ligação da americana Planned Parenthood com as gestões do Partido Democrata na Casa Branca. Sempre que um democrata ocupa o posto, o órgão recebe milhões de dólares do governo para financiar a sua agenda abortista, e em troca a instituição lança rios de dinheiro nas campanhas de políticos como Jimmy Carter, Bill Clinton, Al Gore, Barack Obama e agora, Hillary Clinton.
No Brasil não é diferente: empresas do setor da construção civil, em troca de obras financiadas pelo governo, promoveram um esquema nefasto: o governo e sua base aliada recebiam propina das empresas para a manutenção do projeto de poder da antiga gestão. Ali nascia um dos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil e um dos maiores casos de metacapitalismo no Brasil: A Operação Lava Jato.
A Operação Lava Jato mostrou (e continua mostrando) com detalhes como o dinheiro de empresários “anti-mercado” foi usado para a manutenção de um projeto de poder, por meio de órgãos de governo, como empresas e bancos estatais, partidos políticos e fundações como o Instituto Lula. Tudo com muito dinheiro, afinal a revolução precisa de capital financeiro para seguir em frente. E mantendo-se um sistema metacapitalista para a manutenção do esquema.
Os empresários anti-concorrência na verdade são uma peça que é usada como massa de manobra pelos revolucionários. Enquanto servem ao projeto de poder, a esquerda os usa pois precisa de sustentação para a manutenção do projeto de poder. Porém, quando o resultado é alcançado, os empresários que antes ajudavam na sustentação do governo têm as suas propriedades expropriadas pelo governo e em alguns casos, são mortos. Fazendo valer a máxima do revolucionário russo Vladimir Lênin de que a esquerda compraria a corda da chamada burguesia e a enforcaria com a mesma.
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