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Uma ala da direita também precisa de reflexão. Ou: Se os resultados importam, Trump não foi uma má escolha, não é mesmo?
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Acho que no mínimo a turma da direita do #NeverTrump deveria ter a humildade de reconhecer os erros graves de análise. Achava que os republicanos tinham feito a maior burrada ao escolher Trump, que ele não tinha a menor chance, e que qualquer outro venceria de Hillary. Era o contrário! Justamente o inverso!

Mitt Romney e John McCain eram melhores do que Trump para os liberais e conservadores, mas perderam. Marco Rubio, Ben Carson, Ted Cruz, Carla Fiorina: idem, eram todos melhores em conteúdo do ponto de vista liberal-conservador. Mas provavelmente perderiam para Hillary também.

O fenômeno precisa ser compreendido. Trump ganhou, em boa parte, porque o mundo está de saco cheio dos “progressistas” politicamente corretos, do establishment, da falsidade controlada, do candidato que apanha, mas não rebate. O que não gostamos em Trump é em boa parte o motivo de sua vitória.

Era o que eu dizia desde o começo: se o que importa é derrotar os socialistas, então Trump pode fazer sentido. Claro que isso não significa que só os resultados importam. Como cansei de escrever, entendo a rejeição a Trump dentro do movimento conservador.

Mas pelo menos esse recado precisa ser compreendido: se a vitória tem importância, se o resultado concreto é relevante, então, como ficou claro, Trump não foi uma escolha estúpida. De nada adianta disputar com o melhor nome e perder. O mundo mudou, os estilos dos candidatos também precisa mudar. Não é o ideal, mas política nunca é o campo do idealismo…

Rodrigo Constantino

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