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Uma Época de mentiras: imprensa tenta inverter tudo e falar agora que mídia ajudou Trump!
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Vivemos numa era de muitas mentiras mesmo, de total inversão dos fatos por parte de uma imprensa manipuladora com uma agenda ideológica, que não faz mais jornalismo, mas apenas torcida partidária. E isso ficou bem evidente durante a eleição americana que levou Trump ao poder. Toda a grande imprensa, à exceção da Fox News nos Estados Unidos, adotou claro viés pró-Hillary, demonizando Trump, dando muito mais destaque às suas eventuais grosserias do que aos escândalos criminosos envolvendo a adversária democrata.

A imprensa perdeu. Apesar de todo esse esforço, o homem comum, aquele que a imprensa preconceituosa insiste em tratar como um ignorante alienado, votou no magnata, contra a elite globalista, contra a mídia manipuladora. E o que faz essa mídia? Uma reflexão? Uma autocrítica? Nada disso! Continua distorcendo os fatos, e alguns tiveram a cara de pau de ainda falar que a vitória de Trump se deveu a… uma imprensa manipuladora!

Sim, acreditem se quiser: é exatamente o que fez a revista Época nesse texto. Uma acusação de que a Fox News, a única que não fez campanha escancarada para Hillary, que tinha alguns âncoras defendendo apoio aberto em Trump, outros neutros, e alguns apresentadores defendendo mais a Hillary, ou seja, a que foi mais imparcial neutra, agora é responsabilizada pela vitória de Trump por ser “manipuladora”. Vejam:

Uma das principais aliadas da campanha de Trump foi a Fox News, rede de TV fechada que tradicionalmente apoia republicanos mais conservadores. O apresentador Sean Hannity, uma das estrelas da casa, foi um dos maiores entusiastas de Trump ao longo da campanha, com o objetivo declarado de acabar com o domínio democrata. Outro cabo eleitoral ferrenho de Trump foi Rush Limbaugh, comentarista político que virou uma lenda do rádio nos Estados Unidos. Entre os veículos mais recentes, talvez o maior destaque dessas eleições seja o Breibart, um site de propaganda ultraconservadora que mistura fatos com meias verdades sensacionalistas para conquistar uma massa de leitores. Em outubro, o Breitbart viveu seu auge, chegando a 37 milhões de visitantes e 240 milhões de páginas vistas no site.

Steve Bannon, um dos nomes mais importantes do Breitbart, foi o propagandista-chefe da campanha de Trump. Além dos mais conhecidos, Trump contou com diversas páginas conservadoras no Facebook, que ascenderam usando táticas sorrateiras de desinformação. No caso mais famoso, descobriu-se que um grupo de pessoas estava recebendo dinheiro na Macedônia para produzir em escala notícias falsas que beneficiavam Trump.

O perfil demográfico da audiência desses veículos se parece com o dos eleitores de Trump, como mostra um estudo da International Business Times publicado no fim de 2013. Entre os espectadores da Fox News, apenas 10% se posicionam como liberais (a mesma fatia é encontrada entre os eleitores de Trump). Jovens com menos de 30 anos respondem por apenas 19% da audiência da emissora (Trump perdeu de Hillary entre os jovens e a venceu entre os com mais de 45 anos). O radialista Rush Limbaugh segue na mesma linha. Mais de 70% de seus ouvintes se dizem conservadores (como 81% dos que votaram em Trump) e 63% estão alinhados com o partido republicano, enquanto apenas 10% afirmaram ser democratas. Após observar esses dados, a campanha de Trump procurou entender melhor esse público. Quem eram os eleitores mais propensos a votar no candidato republicano e a seguir que tipo de discurso. A estratégia, pelo visto, deu certo.

Ou seja, praticamente toda a grande imprensa faz campanha escancarada para Hillary, a ponto de o NYT fazer até um pedido de desculpas aos leis leitores, e a Época resolve focar nos poucos casos isolados de quem apoiou Trump ou foi mais imparcial? Atentai para o subtítulo da “reportagem” canalha:

A tentativa da mídia tradicional nos Estados Unidos de cobrir a campanha com fatos e ponderação não funcionou. Uma mídia militante e paranoica estimulou os eleitores de Trump

Cobrir com fatos e ponderação? Sério? A CNN, mais conhecida como Clinton News Network? A MSNBC, que mais parece um canal dirigido pelo socialista Bernie Sanders? O NYT, jornal do mexicano Carlos Slim que fez forte campanha contra Trump? São esses os instrumentos que focaram em fatos e tiveram ponderação? E a Fox News é “paranoica”, pois é a única que expõe a podridão dos democratas? Que piada!

Vivemos em uma Época de mentiras mesmo! Como cansa essa distorção toda. Mas felizmente seu efeito é cada vez menor. Cada vez mais gente acorda para esse fato. E a própria vitória de Trump comprova isso. Toma vergonha na cara, imprensa! E aproveito, claro, para perguntar: onde está a Fox News do Brasil?

PS: Na Fox News mesmo, apesar de um Sean Hannity que realmente puxou a sardinha para o lado republicano, havia vários críticos de Trump, como o democrata Juan Williams, a apresentadora Megyn Kelly, ou o comentarista conservador Charles Krauthammer, bastante respeitado e figura sempre presente nas entrevistas, que fez duras críticas ao magnata. Mas algo me diz que os dois “jornalistas” que assinaram a matéria da Época, Bruno Ferrari e Gabriela Varella, sequer sabem quem são essas pessoas…

Rodrigo Constantino

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