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Uma nota sobre a queda do risco do Brasil

Considerando o CDS propriamente dito nossa posição não é boa, mas também não é de todo ruim. A figura abaixo mostra que entre os países sem grau de investimento somos o que tem menor CDS, de fato estamos abaixo da Itália que tem grau de investimento. Se a tendência de queda continuar em breve será possível voltar a sonhar com a volta do grau de investimento o que pode ajudar muito no financiamento do investimento necessário para a recuperação da economia.

Como falei acima o CDS está relacionado com a probabilidade de inadimplência, a figura abaixo mostra essas probabilidades. Note que é praticamente uma repetição da figura anterior, porém com probabilidades no lugar do CDS. Aqui fica bem claro que dentre os países sem grau de investimento somos o que tem menor probabilidade de dar um calote e que nossa probabilidade de calote é menor do que a da Itália, porém é bem maior do que a do México.

A comparação com outros países mostra que estamos recuperando a confiança do mercado, porém ainda precisamos ganhar mais credibilidade para voltarmos ao grau de investimento e conseguirmos acesso a capitais que buscam segurança. O que precisa ser feito não é segredo: reforma da previdência, manutenção do teto de gastos e do controle da inflação e trabalhar em novas rodadas de reforma que permitam um crescimento saudável, mesmo que lento.

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